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Santander: Sindicato protesta contra a terceirização da área de tecnologia

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Diretora do Sindicato Vera Marchioni dialoga com trabalhadores em frente ao Geração Digital

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizou um protesto no Geração Digital (GD), departamento do Santander localizado na zona sul da capital paulista, contra a terceirização da área de tecnologia do banco a partir da transferência dos trabalhadores para a F1RST, nova empresa do grupo econômico Santander, que também receberá os funcionários da STI, a partir de janeiro de 2022. O protesto foi deflagrado nesta quinta-feira 19.

Acesse a página especial sobre a terceirização da área de tecnologia do Santander e some forças na luta para ser bancário

A mudança dos trabalhadores para a F1RST mudará a representação sindical dos bancários da área de tecnologia do banco, apesar de continuarem exercendo as mesmas funções, excluindo-os da categoria bancária e da abrangência de sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o que acarretará em redução da remuneração total e no corte de vários direitos (veja exemplos no final da matéria).   

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“O único objetivo desta mudança, dessa manobra, é a redução dos direitos destes trabalhadores e enfraquecimento de sua organização coletiva, tirando os trabalhadores da categoria bancária. O Santander sabe muito bem que como bancários estes trabalhadores são representados por um dos maiores sindicatos da América Latina, usufruem de uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com abrangência nacional, que a PLR é negociada e possui regras definidas pela CCT, assim como outros direitos como os valores do VA e VR, a jornada bancária, além da poder de negociação da representação dos bancários. É isso que o Santander quer atacar com a transferência dos trabalhadores para a F1RST.”

Vera Marchioni, diretora do Sindicato e bancária do Santander

“O Santander /F1RST chegou ao cúmulo de convocar uma assembleia do SindiPD, que será a nova representação sindical dos trabalhadores alocados na F1RST, para negociar Acordo Coletivo. Isso convocando apenas parte dos trabalhadores, e não todos, sem edital previamente publicado no site da entidade, como manda a lei. Veja só. É o patrão convocando o trabalhador para uma assembleia, que não é aberta a todos, para deliberar sobre seus direitos. Um acordo específico para uma empresa, ao contrário dos bancários, que negociam nacionalmente e de forma unificada. Esta convocação absurda já mostra o tipo de relação que o Santander pretende implementar com a nova representação dos trabalhadores de tecnologia do banco”, acrescenta. 

De acordo com.a diretora do Sindicato, o protesto foi muito bem recebido pelos trabalhadores, que manifestaram o desejo e a disposição de luta para permanecer na categoria bancária. “Distribuímos material informativo e realizamos reuniões sobre essa manobra do Santander. Os trabalhadores estão conscientes que serão prejudicados.”

O Sindicato espera que exista disposição do banco em negociar, mas continuará a dialogar e construir a resistência com os trabalhadores.

Para o Sindicato, trabalhou para o banco, bancário é! 

O desejo dos trabalhadores e a luta do Sindicato é para que todos da área de tecnologia sejam bancários, somando forças e fazendo parte de uma das categorias mais atuantes do país, usufruindo da nossa Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo de PLR e do Acordo Aditivo de Trabalho dos funcionários do Santander.

“Preparamos uma página especial para os trabalhadores do GD1 e GD2 para organizarmos a luta contra a terceirização. O momento exige organização e demonstração de que rejeitamos a mudança para o SindPD e a redução de direitos. Como forma de protesto, o Sindicato convida todos os trabalhadores da TI a se sindicalizarem (preencha o formulário no final da matéria). É o primeiro passo da nossa luta e um recado para o Santander/FIRST: queremos ser bancários! Vamos à luta!”

Cássio Murakami, dirigente do Sindicato e bancário do Santander

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