Sindicato volta a protestar por mais segurança nas agências bancárias

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo voltou a protestar, nesta quarta-feira 30, contra a falta de segurança nas agências bancárias. Dirigentes percorreram quatro agências – duas do Itaú, uma do Bradesco e uma do Santander –, na zona oeste de São Paulo, para denunciar o problema aos usuários e correntistas, e para dialogar com os bancários.

>Trabalhadores exigem mais segurança nas agências; nossas vidas não têm preço!
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“Fizemos reuniões em cada agência com trabalhadores, e para apresentar nosso ponto de vista em relação aos riscos enfrentados por funcionários e clientes. É inaceitável que os bancos visem lucro acima da segurança física e mental de trabalhadores e clientes. Prezam pela segurança dos espaços físicos, mas não daqueles que lhes geram o lucro.”

Fernando Mattos, coordenador da Regional Oeste do Sindicato dos Bancários de São Paulo e bancário do Santander

Representantes dos trabalhadores coletaram dezenas de assinaturas, por meio de abaixo-assinado, cobrando mais medidas de segurança nas agências bancárias. A atividade desta quarta-feira 30 faz parte de uma campanha permanente do Sindicato para reivindicar dos bancos a implantação de medidas de segurança nas suas agências.

Alegando que algumas unidades não operam com numerário, os bancos estão retirando vigilantes e portas giratórias destes locais, fazendo com que os bancários e correntistas convivam constantemente sob riscos e violência, como furtos, golpes, ameaças.

Nem 5% do lucro

Dados dos balanços de quatro dos cinco maiores bancos – Bradesco, Santander, BB e Caixa – apontam que, em 2022, juntos, eles não chegaram a investir nem 5% de seus lucros em Vigilância e Segurança. O lucro dos quatro, somados, chegou a R$ 75,2 bilhões, mas o investimento em segurança foi de apenas R$ 3,2 bi, ou seja, 4,3% de seus lucros.

Desde 2021, o Itaú não informa mais em seu balanço o investimento em segurança, mas em 2019, o banco gastou R$ 744 milhões, o que correspondeu a 2,6% do lucro; em 2020, o valor investido foi de R$ 730 milhões, ou seja, 3,8% de seu lucro (como o lucro em 2020 foi menor por conta da pandemia, a proporção ampliou).

“O Sindicato seguirá protestando nas agências e denunciando a falta de segurança aos bancários e correntistas até que os bancos passem a tratar com respeito e cuidado as vidas das pessoas, o patrimônio mais importante das instituições financeiras. Dinheiro tem seguro, mas as vidas não têm preço!”, afirma Fernando Mattos.

Eleição SantanderPrevi

Nas agências do Santander, os dirigentes também lembraram os bancários e as bancárias das eleições do conselho deliberativo e fiscal do SantanderPrev. As bancárias Patrícia Bassanin e Wanessa Queiroz são as candidatas apoiadas pelo sindicato.