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Chapéu
Precarização

Com reforma trabalhista, informalidade bate recorde

Linha fina
Desemprego cai no último trimestre, mas queda é puxada pelo aumento do número de trabalhadores sem carteira assinada ou trabalhando por conta própria sem regularização
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Foto: Agência Brasil

Sem cumprir a promessa de gerar mais empregos, a reforma trabalhista, em vigor no Brasil desde novembro de 2017, trouxe outros resultados para o país. O mais nefasto deles é o aumento da informalidade, que bateu recorde e atingiu 38,8 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em agosto, segundo informou o IBGE nesta sexta-feira 27. Este é o maior número já registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) desde que o indicador passou a ser medido, em 2016. 

Com isso, os trabalhadores na informalidade - o que inclui os trabalhadores sem carteira, por conta própria, empregadores sem CNPJ e trabalhadores formais auxiliares - atingiram o recorde de 41,4% do total da população ocupada no país. 

Foi o aumento do trabalho informal que puxou a queda do desemprego, que caiu para 11,8% em agosto, contra 12,3% no trimestre anterior, encerrado maio. Ou seja, o Brasil está substituindo trabalhos formais, com carteira assinada, por informais, na grande maioria das vezes precarizado.

Dos 38,8 milhões de trabalhadores informais, 11,8 milhões estão no setor privado (sem carteira assinada) e 19,4 milhões são trabalhadores por conta própria, sem nenhuma regularização. Ao todo, 12,6 milhões de pessoas estão procurando emprego no país. 

O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,3 milhões, novo recorde na série histórica do IBGE. Também houve novo recorde no número de empregados sem carteira assinada: 11,8 milhões.

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