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Santander: Após pressão do Sindicato, 80 terceirizados da compensação tornam-se bancários

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Com o fim do contrato com empresa terceirizada, Santander internalizou grande parte do serviço e contratou de forma direta 80 trabalhadores; Sindicato defende o fim da terceirização em todos os setores. Para a entidade, trabalhou para o banco, bancário é
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Com a proximidade do fim do contrato do Santander com a empresa de compensação bancária Service Bank, encerrado no dia 30, o Sindicato entrou em contato com o banco para defender a contratação dos trabalhadores terceirizados de forma direta. Após a intervenção da entidade, o banco informou que 80 trabalhadores serão contratados como bancários, com todos os direitos da categoria garantidos. Grande parte destes trabalhadores estão alocados em São Paulo. 

“Com a proximidade do fim do contrato, o Sindicato foi procurado pelos trabalhadores da Service Bank e passou a acompanhar o processo. Nossas principais reivindicações a partir daquele momento foram a contratação de todos os trabalhadores, que não foi atendida em sua totalidade, uma vez que grande parte foi contratada, mas não todos. Além disso, que os contratados fossem primeiro desligados e recebessem verbas indenizatórias antes da contratação pelo banco; e que os que eventualmente não fossem contratados, recebessem sua recisão como manda a legislação, uma vez que em outras ocasiões o Sindicato teve de intervir para que os direitos dos terceirizados demitidos fossem respeitados. Vamos acompanhar de perto a situação destes trabalhadores que não foram contratados, alguns com mais de 15 anos de serviços prestados ao Santander”, relata o dirigente do Sindicato e bancário do Santander Alexandre Caso. 

“De toda forma, consideramos muito positiva a contratação destes 80 trabalhadores, que agora são bancários, com todos os direitos da categoria garantidos. Que estes colegas sejam muito bem-vindos. Saibam que podem contar sempre com o Sindicato”, acrescenta.

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Trabalha para banco, bancário é 

O Sindicato implementou durante décadas uma luta árdua contra a terceirização. Sempre vigilante, conseguiu por anos impedir a aprovação de projetos de lei que previam a terceirização irrestrita, até mesmo em serviços considerados essenciais nas empresas. Mesmo assim, a terceirização foi aprovada em 2017, com a falácia de que geraria empregos, mas só gerou empregos precários.

“A posição do Sindicato é que se o trabalhador presta serviço bancário para um banco, bancário é. O terceirizado não têm os mesmos direitos, não conta com a organização sindical que têm os bancários, e ganham muito menos. Terceirizar representa substituir empregos dignos por precários, o que aumenta a pobreza e a desigualdade social, ou seja, é ruim para o trabalhador e para o país”, enfatiza Caso. 

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“Se por um lado vemos como positiva a contratação de 80 terceirizados, repudiamos e cobramos negociação sobre a iminente terceirização pelo banco de setores inteiros como, por exemplo, o call center. Assim como a manutenção dos empregos destes trabalhadores, realocando-os em outras áreas. Nas agências, por exemplo, faltam funcionários e muito estão sobrecarregados e adoecendo. Falta pessoal também na gerência digital, onde cada gerente chega a atender mais de mil contas, o que afeta, inclusive, a qualidade do serviço prestado aos clientes”, conclui o dirigente do Sindicato.

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