
Como se não bastassem as diversas denúncias de assédio moral e pelo menos um caso muito grave de assédio sexual, o Banco Daycoval aprontou mais uma. Anunciou, nesta segunda-feira 25, um aumento anual de 15,28% no plano de saúde dos trabalhadores, e o que é pior: com coparticipação, que não havia antes.
Para piorar ainda mais, tanto o reajuste quanto a coparticipação serão retroativos a 1º de setembro. Ou seja, os trabalhadores que realizaram algum procedimento a partir de 1º de setembro serão cobrados por isso. Há ainda informações de que o banco não deu a opção de enfermaria, o que fará o plano de saúde pesar ainda mais no bolso dos trabalhadores.
Os bancários e bancárias estão revoltados e enviaram diversas reclamações ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Eles se queixam, com razão, de que esse reajuste e a coparticipação não foram feitos com transparência, apenas impostos pelo banco. “Além dos graves problemas de assédio, o Daycoval ainda resolve encarecer o plano de saúde dos funcionários dessa forma impositiva, e sem qualquer diálogo prévio. Muitos trabalhadores reclamam que deveriam pelo menos ter sido informados de que seriam cobrados pelos procedimentos feitos em setembro, o que em nenhum momento ocorreu. É um desrespeito. O Sindicato vai cobrar esclarecimentos ao banco”, diz a secretária-geral da entidade, Lucimara Malaquias.
