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Banco Pan nega abusos contra funcionários, apesar de denúncias

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Arte em desenho mostra um homem ajoelhado com o símbolo de bateria acabando dentro de um balão de pensamento. Nas suas costas tem uma chave de corda

Representantes do Banco Pan negaram as denúncias dos bancários sobre extrapolação de jornada de trabalho sem pagamento de horas extras, cobrança abusiva de metas e assédio moral.

As negativas foram feitas durante reunião com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, em reunião realizada no dia 11, mas contradizem as diversas denúncias dos trabalhadores recebidas pela entidade nos últimos meses.

“Os funcionários estavam trabalhando até as 22 horas. Fora os assédios com os funcionários por metas”, afirma um trabalhador, em uma das denúncias recebidas pelo Sindicato. Quando perguntado se os bancários trabalham com celular do banco, a resposta foi “sim, até mesmo de fim de semana.”

Na mesma reunião, os representantes do banco quiseram saber os nomes dos gestores que são alvos de queixas e denúncias dos bancários, o que não foi informado pelo Sindicato. Também disseram que foi feita uma pesquisa de opinião com bancários sobre as condições de trabalho, que não apontou nenhum problema, ainda segundo os integrantes da empresa.

Sindicato fará consulta com bancários

Como as denúncias continuam chegando ao Sindicato e o banco nega qualquer problema, a entidade fará uma consulta própria com os trabalhadores sobre as condições de trabalho. O sigilo dos participantes será mantido no mais absoluto sigilo.

Já havíamos feito outras reuniões com representantes do Banco Pan para cobrar o fim destas práticas. Aparentemente a situação havia melhorado, mas depois de um tempo as denúncias de bancários voltaram a surgir. O banco tem de conversar com os gestores para reorienta-los sobre cobrança abusiva de metas e extrapolação de jornada. Se existe um ponto eletrônico, ele tem de ser respeitado.”

Jair Alves, diretor do Sindicato

PPR sem participação do Sindicato

Na mesma reunião do dia 11, foi informado que o Programa Próprio de Remuneração (PPR) será feito sem a participação do Sindicato. Isto porque o novo modelo será implantado através de uma comissão formada sem critérios transparentes.

Os representantes do Sindicato questionaram ao representantes do banco Pan como foi feita a eleição desta comissão; quem foram os candidatos; se os funcionários ficaram sabendo da formação desta comissão; se participaram deste processo; e pediram ao banco que seja encaminhado o edital de convocação da eleição desta comissão.

“O banco precisa rever esta posição, porque sempre debateu a PPR com as entidades sindicais. Tivemos muitos acordos com o Pan, não só na área de remuneração, mas também referente a emprego. Tínhamos acordo na Central de Atendimento e também acordo de PPR. E agora fomos surpreendidos com esta informação de que o acordo de PPR será feito sem a partição do sindicato. Por isso pedimos que o banco reavalie este ponto, porque os funcionários estão cobrando se vai ter PPR este ano”, enfatiza Jair.

“O Sindicato está de olho no que vem ocorrendo dentro do Pan e queremos resolver estes problemas, porque nós conversamos mais de uma vez com a direção do banco e as queixas e denúncias continuam”, acrescenta o dirigente.

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