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Chapéu
Não convenceu

C6 tenta explicar para confundir

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Arte em desenho composta de um rosto na cor preta à direita com o texto "C6" sobre ele. Da sua boca saem dois riscos curvados, indicando fala. Do lado direito estão duas figuras masculinas conversando entre si e, sobre eles, balões de fala com pontos de interrogação

O C6 tentou explicar o inexplicável e o indefensável: a redução do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e do Plano de Participação nos Resultados (PPR), na primeira vez em que o banco apresentou lucro. A alegação utilizada durante reunião para tratar do tema, nesta quinta-feira 3, é que os trabalhadores receberão mais do que no ano passado.  

“Este não é o ponto. O ponto é que os trabalhadores receberam menos do que deveriam ter recebido. E não importa se isso é mais, igual ou menos do que aquilo que foi recebido no ano passado. Acordo coletivo e convenção coletiva têm de ser respeitados. E não é com esse tipo de argumento que o banco vai reconquistar a confiança dos seus trabalhadores.”

Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato

Inconsistências e fragilidades

O Sindicato identificou muitas inconsistências e fragilidades ao longo do processo de pagamento da PLR e do PPR. Diante disto, pediu, durante a reunião desta quinta-feira 3, todo o passo a passo por escrito e as documentações a fim de averiguar os motivos que levaram o C6 a pagar menos do que deveria.

“A comunicação do banco está muito confusa e muito truncada. Por isso há um número grande de trabalhadores que já buscou o Sindicato pedindo esclarecimentos. E, na verdade, o banco tem uma dificuldade em explicar o programa, porque ele não quer evidenciar para os seus trabalhadores que pagou menos do que devia”, afirma André Bezerra, diretor do Sindicato.

O Sindicato está avaliando com o seu departamento jurídico todas as medidas cabíveis para que o banco cumpra o pagamento conforme determinado na convenção coletiva de trabalho ratificada pela própria instituição financeira.

“Em nenhuma das vezes em que o banco quiser retirar direitos dos trabalhadores, o Sindicato ficará de braços cruzados. Nós vamos cobrar responsabilizações, e que esses trabalhadores sejam devidamente remunerados e pagos de acordo com os direitos previstos em acordo coletivo”, afirma Lucimara.

Bancários devem encaminhar informações ao Sindicato

Os trabalhadores devem continuar encaminhando para o e-mail [email protected] holerites, dúvidas e eventuais informações que ajudarão a entidade a reunir elementos a fim de construir um processo de negociação com o banco no sentido de buscar a garantia dos direitos.

Os trabalhadores devem acompanhar as atualizações deste caso pelo site e pelas redes sociais do Sindicato (veja canais no fim deste texto).

“O Sindicato permanece à disposição da negociação coletiva. Para nós, um elemento fundamental de um processo negocial é que os dois lados, empresa e trabalhadores, obtenham ganhos por meio desta via”, afirma Lucimara Malaquias.

Entenda

Nos últimos quatro anos, os bancários do C6 não receberam PLR, porque a instituição financeira não apresentou lucro.

Nesses anos, o banco negociou com o Sindicato o Plano Próprio de Remuneração (PPR), baseado em metas e critérios e firmados em um acordo coletivo, negociado com o sindicato e aprovado pelos trabalhadores em assembleias.

Em 2024, pela primeira vez, o C6 apresentou lucro. Agora, os trabalhadores deveriam receber a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o PPR somados. Um não compensa e nem substitui o outro, pois possuem critérios e gatilhos distintos.

O C6, contudo, desistiu de negociar o PPR com o Sindicato, justamente porque não houve anuência da entidade para reduzir o pagamento, que foi feito de forma incorreta, sem discussão em tempo hábil com os trabalhadores, sem convocação para assembleia, e sem garantia do direito de recusa aos trabalhadores.

Há ainda um grupo de funcionários que afirmam terem sido muito prejudicados no pagamento. Segundo o C6, esses funcionários “não deveriam ser bancários”. Há casos de empregados que receberam em torno de R$ 400 de PPR.

O Sindicato defende que todos os trabalhadores do C6 são bancários. Portanto, devem receber a PLR conforme regra definida em CCT.

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