São Paulo – Presidente, ministros, deputados, senadores. Alguns dos mais privilegiados por aposentadorias milionárias querem acabar com esse direito para quem trabalha.
Por isso, no dia 5 de dezembro, o Brasil vai se mobilizar para dar um recado bem claro aos que ainda têm dúvida: quem votar contra o direito dos trabalhadores se aposentarem, nunca mais será eleito!
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“Eles estão acabando com os empregos por meio da nova lei trabalhista, agora querem acabar com a aposentadoria. Não vamos aceitar”, afirma a presidenta do Sindicato, Ivone Silva. “Como sempre dizemos aos bancários: só a luta te garante! Tudo que os trabalhadores construíram ao longo de décadas de luta, está sendo arrasado após o golpe. A retirada de direitos será cada vez mais avassaladora se não estivermos unidos e organizados para barrá-la”, avisa a dirigente.
Passado o desmonte trabalhista – que ainda está sendo alterado por medida provisória que já conta com mais de 900 emendas – o foco da retirada de direitos é a Previdência pública. A nova proposta de Temer (veja algumas alterações abaixo) pode ser votada em 6 de dezembro. Precisa da aprovação de 308 dos 513 parlamentares da Câmara dos Deputados, em dois turnos de votação, para depois seguir para o Senado “O governo diz que fez mudanças para melhorar a proposta, mas na realidade continua tudo na mesma: se passar o que Temer e seus aliados querem, cada vez menos pessoas conseguirão se aposentar. Também insistem em falar em déficit para convencer a população de que se não houver mudanças, ninguém mais vai se aposentar. Mas especialistas comprovam que não há déficit se o governo pagar sua parte nas contribuições que mantêm a Previdência.”
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A dirigente lembra que o governo também poderia fazer caixa taxando grandes fortunas ou acabando com a sonegação. “Mas, não. Segue perdoando bilhões em dívidas dos bancos, o setor mais lucrativo do Brasil, enquanto propõe economizar à custa dos trabalhadores. Muitos deputados estão contra e temos chance de virar esse jogo. Por isso, no dia 5, estaremos todos unidos e mobilizados”, completa Ivone.
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