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Chapéu
medo de quê?

Após demissões, Santander impede acesso do Sindicato

Linha fina
Um dia depois de dispensar trabalhadores sem qualquer justificativa, banco vetou entrada dos dirigentes sindicais nos seus prédios, em uma atitude que fere o Acordo Coletivo de Trabalho e recomendações da Organização Internacional do Trabalho
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Montagem: Linton Publio

Na segunda-feira 18 o Santander demitiu diversos trabalhadores de concentrações e agências. As dispensas motivaram denúncia do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Já na manhã esta terça-feira 19, o banco retaliou bloqueando os crachás de todos os dirigentes na Torre, Conexão, Vila Santander, Radar e Geração Digital.

Os dirigentes entraram em contato com o setor de relações sindicais do RH do banco, que se comprometeu a verificar o impedimento. Após duas horas, os dirigentes foram informados que a entrada seria permitida apenas mediante autorização prévia e controle do RH. 

“Essa prática fere o Acordo Coletivo de Trabalho, e é uma flagrante atitude antissindical que visa reprimir a organização dos trabalhadores e impedir que os bancários dialoguem com os seus representantes sobres assuntos do seu interesse”, protesta a dirigente sindical e bancária do Santander Lucimara Malaquias. “Lembrando que todos os dirigentes impedidos são funcionários do Santander e nada poderia justificar esse impedimento”, acrescenta a dirigente. 

Já que o Santander tem dificultado o acesso de dirigentes um dia apos as demissões, Lucimara orienta os trabalhadores a ficarem atentos e denunciarem ao Sindicato demissões ou casos de assédio moral e desrespeitos. 

Os bancários podem procurar o Sindicato por meio da Central de Atendimento ou WhatsApp (11 97593-7749).

O Sindicato enviou ofício ao RH do Santander cobrando a suspensão do bloqueio dos dirigentes às dependências do banco. 

“Do que o Santander tem medo? O que ele está escondendo?”, questiona a dirigente. “O banco prega tanto que é uma empresa honesta, que se preocupa com os trabalhadores e que dialoga com diversos agentes da sociedade, mas, na prática, exerce atitudes repressoras, inclusive impedindo o acesso de dirigentes sindicais nas suas dependências, o que fere recomendações da Organização Internacional do Trabalho que garantem a livre organização dos trabalhadores e o acesso dos seus representantes no seus locais de trabalho”, denuncia Lucimara. 
 

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