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Sindicato paralisa CAT, e Itaú se compromete a interromper demissões

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A foto mostra o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho, com microfone na mão durante protesto contra demissões no Centro Administrativo Tatupé (CAT), doi Itaú. Ele é um homem branco, de cerca de 40 anos, pele clara, cabelos curtos e grisalhos; ao fundo bancários estão sentados em cadeiras na parte de fora de um restaurante, localizado do outro lado da rua; alguns deles estão apludindo o que Serginho diz

O Itaú se comprometeu interromper as demissões até o fim de 2021 após o Sindicato paralisar, nesta segunda-feira 6, o CAT (Centro Administrativo Tatuapé), onde já foram contabilizadas mais de 100 dispensas nas últimas semanas.

Além de interromper as demissões, a paralisação resultou no compromisso do banco para o agendamento de uma reunião, que deverá ocorrer na próxima semana com o movimento sindical.

“Queremos entender o motivo dessas demissões, já que os que permanecem trabalhando para o banco ficam cada vez mais sobrecarregados e pressionados a cumprir metas abusivas. Queremos saber se o banco irá contratar para repor os que foram dispensados.”

Sérgio Lopes, o Serginho, dirigente sindical e bancário do Itaú

Um dado que reforça o aumento da sobrecarga de trabalho no Itaú: no terceiro trimestre de 2016, o banco tinha 67,9 milhões de clientes, número que saltou para 87,5 milhões no terceiro trimestre de 2021. Um aumento de 28,9%. A quantidade de trabalhadores, por sua vez, aumentou apenas 5,5% no mesmo período, passando de 81.737 para 86.195. Os dados são do Banco Central e das Demonstrações Financeiras do Itaú.

“O Itaú gasta milhões em publicidades, nas quais prega mensagens de responsabilidade social, mas na realidade demite pais e mães de família às vésperas do Natal, contribuindo para o cenário que mantém mais de 13 milhões de pessoas sem emprego, sendo que o mesmo Itaú que demite, lucra bilhões todos os anos, em um cenário de sobrecarga de trabalho e aumento das metas, o que resulta em famílias sem sustento financeiro, adoecimentos e um mal atendimento aos clientes”, protesta Serginho.

“Por tudo isto, queremos entender os reais motivos destas demissões sem qualquer justificativa, e os protestos vão continuar enquanto o banco seguir mandando embora trabalhadores”, afirma o dirigente.

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