O Sindicato dos Bancários de São Paulo cobra do banco Daycoval mais transparência e mais informações no processo de mudança do plano de saúde dos trabalhadores.
O Daycoval informou em setembro a alteração do convênio médico então em vigência para o modelo de coparticipação, cujos procedimentos, consultas e exames utilizados seriam autorizados mediante cobrança. A justificativa foi o reajuste aplicado pela Bradesco Saúde, operadora do plano, considerado muito elevado pelo banco.
Diante da insatisfação dos trabalhadores, o Sindicato dos Bancários de São Paulo acionou o banco, que se comprometeu a não cobrar coparticipação até dezembro.
A entidade, à época da mudança, também solicitou que a Operadora Bradesco fosse acionada para dar outras opções e modelos de planos e, a partir daí, que fosse realizada uma pesquisa para que o banco entendesse qual era a demanda e a necessidade de seu quadro funcional para acomodar a melhor opção aos empregados. O então modelo em vigência cobrava R$ 259,21 no modelo “quarto”.
A pesquisa, contudo, não oferece aos bancários a opção anterior de convênio, com reajuste. Apenas as opções com coparticipação, quarto ideal e enfermaria, cuja rede conveniada é muito restrita; a opção quarto ideal, que em tese deveria ser melhor que a enfermaria, é apresentada como mais barata que a enfermaria.
Muitos estão com dúvidas sobre as propostas e sentem falta da opção do modelo anterior com o reajuste anual.
“Está tudo muito confuso e ninguém está entendendo nada. Todo mundo achava que essa pesquisa seria para avaliar as necessidades dos funcionários e aplicar o que fosse melhor para a maioria, mas parece que eles vão decidir o que for melhor para o banco”, reclama um bancário.
Para completar, os bancários tiveram apenas dois dias para responder o questionário. Em face da situação, o Sindicato dos Bancários de São Paulo entrou novamente em contato com o banco.
Em resposta, a empresa informou que apresenta um novo plano que oferece a opção quarto e enfermaria, sem a coparticipação. A diferença deles para o plano atual também é de rede. A enfermaria contempla o Hospital 9 de Julho na acomodação enfermaria. Já o novo plano quarto Ideal não tem este hospital na sua rede credenciada.
“Ou seja, as informações continuam incompletas e o processo está muito confuso. O que tínhamos antes não aparecer como proposta para escolha é um absurdo! O modelo de quarto não tem as mesmas condições que tinha no plano anterior às mudanças de setembro deste ano”, desabafa outro empregado.
Assim, o Sindicato está cobrando a prorrogação do prazo da pesquisa até 15 de dezembro, com mais detalhes e explicações sobre os modelos propostos aos empregados e a inclusão da opção do plano anterior com o reajuste, o que justificou a mudança pelo banco à época. A entidade reforça ainda que a pesquisa precisa levar em consideração a escolha feita pela maioria dos empregados.
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