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Pesquisa

Desemprego prejudica mais as mulheres, aponta estudo

Linha fina
Além de serem maioria entre desempregados, elas demoram mais para conseguir uma recolocação no mercado de trabalho
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Foto: Paulo Pepe / Arquivo / Seeb-SP

São Paulo – As mulheres são as mais prejudicadas com a crise de desemprego instaurada no país. É o que aponta o estudo “O desemprego e a busca por recolocação profissional no Brasil”, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgada nesta terça-feira 20.

A pesquisa traça um perfil dos trabalhadores que estão desempregados e à procura de um emprego. Segundo o resultado, a maioria (59%) é do sexo feminino. Além disso, os dados mostram que os desempregados no Brasil tem, em média, 34 anos; pertencem majoritariamente (95%) às classes C/D/E; têm até o Ensino Médio completo (54%) e têm filhos (58%), sendo a maioria abaixo de 18 anos.

Além de serem maioria entre os trabalhadores desempregados, as mulheres também têm mais dificuldade de reinserção no mercado. A pesquisa revela que mulheres passam, em média, 15,25 meses à procura de emprego. Em relação aos homens, esta média reduz para 12,43 meses.

Esta situação tem, além dos efeitos econômicos, implicações na percepção de homens e mulheres sobre o mercado de trabalho. Dentre os entrevistados, 58,1% dos homens se dizem confiantes de conseguir um emprego nos próximos 3 meses. Para mulheres o percentual de confiança cai para 49,7% das entrevistadas.

Precarização – Em relação ao desemprego, as mulheres são maioria e demoram mais a retomar suas atividades. A disparidade de gêneros se agrava ainda mais se for considerado, também, o modo de inserção delas no mercado de trabalho.

Questionados sobre a forma de contrato de seu último emprego, 46,4% dos entrevistados do sexo masculino afirmaram que eram contratados por empresa via CLT/carteira assinada. Somente 34,9% das mulheres responderam desta forma.

Se em relação ao registro em carteira os homens aparecem mais, a situação se inverte no mercado informal. Neste caso, 15,6% das mulheres responderam que esta era a situação de seu último emprego, frente a 12,9% de homens.

 

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