São Paulo – Os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram aderir em massa à greve geral da sexta-feira 28, contra a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita proposta pelo governo de Michel Temer (PMDB). Ficarão paralisadas, durante 24 horas, as linhas 9-Esmeralda (Grajaú-Osasco), 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), 7-Rubi (Jundiaí-Luz), 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra), 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana). Com essa definição, praticamente todos os trabalhadores do transporte coletivo da capital paulista – ônibus, metrô e trens – vão cruzar os braços.
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Os sindicatos dos Ferroviários de São Paulo, responsável pelos trabalhadores das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, e dos Ferroviários da Central do Brasil, linhas 11-Coral e 12-Safira, já haviam decidido pela greve na semana passada. Hoje, o presidente dos Ferroviários da Zona Sorocabana, Izac de Almeida, que organiza os trabalhadores das linhas 9-Esmeralda e 8-Diamante, afirmou que “os trabalhadores vão aderir à paralisação e não haverá serviço nestas linhas”.
A diretoria, no entanto, não realizou assembleia de trabalhadores por entender que, como se trata de uma greve geral, não era cabível uma votação setorial. “Fizemos trabalho de base, dialogamos com os trabalhadores em todos os setores, explicamos os problemas dessas reformas e como vão nos prejudicar. Desse trabalho percebemos que a adesão à paralisação vai ser forte”, explicou Almeida.
Os metroviários também vão cruzar os braços por 24 horas nas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Teresina, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Na capital paulista, as linhas 1-Azul, (Jabaquara-Tucuruvi), 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente), 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda), 5-Lilás (Capão Redondo-Adolfo Pinheiro) e 15-Prata (Vila Prudente-Oratório) ficarão paralisadas o dia todo, a partir da zero hora de sexta-feira 28.
Em relação aos motoristas e cobradores de ônibus, as atividades vão ser paralisadas por 24 horas nas cidades do Rio de Janeiro, Brasília, Vitória, São Luís, Cuiabá, Campo Grande, Teresina, Natal, Recife, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Rio Branco, Maceió, Manaus e Macapá.
Pelo menos 17 cidades da região metropolitana de São Paulo e toda a Baixada Santista vão ter o transporte coletivo paralisado, incluindo o sistema intermunicipal, executado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Guarulhos, Itaquaquecetuba, Arujá, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Ribeirão Pires, São Caetano, São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra, Embu-Guaçu, São Lourenço da Serra, Itapecerica da Serra e Osasco são as cidades metropolitanas que já tiveram a greve aprovada em assembleias de trabalhadores.
Também vão paralisar as atividades os professores estaduais, municipais e privados, os aeroviários, os bancários (em 22 estados), os metalúrgicos (sete estados), os comerciários (seis estados), os eletricitários, os químicos, os petroleiros e os trabalhadores de saneamento básico e dos Correios. Os servidores públicos das demais áreas, inclusive do Judiciário, vão ter paralisações em todas as capitais e dezenas de cidades médias. Trabalhadores do Porto de Santos também aprovaram a greve.