Em reunião na tarde desta terça-feira 19, o Sindicato dos Bancários de São Paulo cobrou da Fenaban (federação dos bancos) que as instituições financeiras acatassem os feriados antecipados sancionados pelo prefeito Bruno Covas, que serão nesta quarta 20 e quinta-feira 21. O Sindicato reforçou que as medidas são importantes para reforçar o isolamento social e deter a pandemia de coronavírus. Mesmo assim, a Fenaban argumentou que a adesão a feriados definidos subitamente acarretaria “riscos sistêmicos”, ocasionados por interrupção de pagamentos, de compensação de cheques e de outras transações bancárias; e informou que os bancos irão funcionar.
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“Deixamos claro que a medida sancionada pelo prefeito é de fundamental importância diante da crise sanitária pela qual estamos passando. O Brasil já é o terceiro país em número de mortos e infectados e caminha para ser o epicentro da pandemia no mundo, e São Paulo é o epicentro da doença no país, com taxa de ocupação nas UTIs de 88% na grande São Paulo e de 71,4% no estado. Estamos perdendo vidas e nosso sistema de saúde está entrando em colapso. Não há risco maior agora do que este. Mesmo assim, os bancos insistem em abrir nos feriados, em mais um exemplo de falta de responsabilidade social. Deixamos claro que os bancários que trabalharem nos feriados deverão receber hora extra, como determina a lei”, destaca a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
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Além da antecipação dos feriados municipais de Corpus Christi (11 de junho) e Dia da Consciência Negra (20 de novembro), o prefeito determinou ponto facultativo na sexta-feira 22. E o governador João Doria também planeja antecipar o feriado estadual de 9 de julho para segunda-feira 25, mas para isso aguarda aprovação da Assembleia Legislativa do Estado, que deve deliberar sobre o tema nesta quinta-feira.
Mas a Fenaban também não deve acatar o feriado de segunda-feira 25, tendo em vista que já enviou ao governador pedido para que as instituições financeiras sejam excluídas também desse feriado, e usando o mesmo argumento que apresentou na mesa com os trabalhadores: alegou risco sistêmico com a interrupção de operações bancárias.
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