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Intransigência do Banco do Brasil coloca em risco a saúde e a vida dos bancários na antecipação de feriados

Linha fina
Sindicato cobrou, mas direção da empresa se negou a implantar sistema de rodízio nas agências durante o feriadão decretado pela prefeitura e pelo governo do Estado, o que irá aumentar a sobrecarga de trabalho e a possibilidade de contaminação por coronavírus
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O Banco do Brasil adotou a política da Fenaban de não dar folga para os bancários da rede de agências no “feriadão de seis dias” – medida decretada pela prefeitura e pelo governo do Estado a fim de tentar barrar a curva de contaminações e mortes por coronavírus. Com esta decisão, o banco está colocando em risco a saúde e a vida dos seus trabalhadores em detrimento do lucro.

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Diante da decisão, o Sindicato solicitou, em reunião com o Comitê de Gestão de Crise do Banco do Brasil em São Paulo, ao menos uma solução paliativa por meio da adoção de um rodízio nas agências, com as equipes divididas e trabalhando em dias alternados.

Mas o banco não se manifestou e irá se limitar a pagar uma folga para quem trabalhar seis horas. O Acordo Coletivo de Trabalho dos funcionários do Banco do Brasil garante dois abonos para quem trabalhar acima de seis horas. Contudo, a orientação do banco é trabalhar seis horas.

“Nós não concordamos com isso. Os bancários que estão trabalhando diretamente na linha de frente são verdadeiros heróis e estão estressados e sobrecarregados diante de toda a situação que envolve a pandemia, sem contar os riscos de se contaminarem e contagiarem suas famílias”,afirma João Fukunaga, Secretario de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).

 “Mais uma vez o banco é intransigente e não valoriza seus funcionários. A diretoria de pessoas divulgou um comunicado muito vago para os administradores, no qual não assume uma postura de liderança em relação ao funcionalismo, deixando a cargo dos administradores qualquer critério a ser adotado. Infelizmente essa é a atitude que o a direção do banco do brasil e o governo Bolsonaro estão adotando frente a esta pandemia”, acrescenta o dirigente.

À intransigência e ao desrespeito do Banco do Brasil com os seus funcionários, soma-se a ação desastrosa da prefeitura e do governo do Estado em decretar um feriado de seis dias, sem obrigar os bancos a aderirem à medida.

“Sabemos que as pessoas devem se manter em casa durante este ‘feriado’, mas também temos de ser realistas e considerarmos que muitos não irão respeitar esta orientação, como de fato não estão respeitando o isolamento social. Os parques, shoppings, restaurantes e comércios estão fechados, assim como muitas praias. Mas os bancos permanecerão abertos, e muitos decidirão resolver assuntos bancários nestes dias, aumentando as aglomerações e os riscos de contágio nas agências”, pontua Getulio Maciel, dirigente sindical da Fetec-CUT/SP e representante da CEBB.

“Ou seja, quem acaba sofrendo com a falta de pulso do governo nas três esferas é o bancário da rede de agência. Os governos federal, estadual e municipal deveriam ter mais consideração com os bancários e obrigarem os bancos a fecharem neste momento tão difícil em que invariavelmente os trabalhadores de bancos irão correr mais riscos de se contaminarem com o coronavírus”, afirma Getúlio.

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