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Pandemia

Coronavírus: denúncias escancaram irresponsabilidade do Santander

Linha fina
Casos recentes evidenciam demora para afastar bancários com suspeita de contaminação por Covid-19; há ainda recusa em afastar colegas que tiveram contato com casos suspeitos ou confirmados, reuniões e treinamentos realizados em salas fechadas, além de comunicação ineficiente e nada transparente
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Imagem: Geralt/Pixabay

Novas denúncias que chegaram ao Sindicato escancaram, mais uma vez, a irresponsabilidade do Santander com a saúde e a vida dos bancários brasileiros - os mesmos que garantem ao grupo espanhol a maior fatia do seu lucro mundial - durante a pandemia de coronavírus. Uma das denúncias dá conta de que um coordenador da área Quarteirão de Investimentos, temporariamente alocada na Torre Santander, trabalhava normalmente até a segunda-feira passada 1, mesmo com suspeita de Covid-19. Para piorar, quando finalmente afastou o trabalhador, o Santander afastou apenas uma pequena parte das pessoas que tiveram contato com ele. 

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“Uma situação absurda, de total descaso com a saúde dos trabalhadores. Mesmo o banco ciente da suspeita de Covid-19, o bancário seguiu exercendo suas funções presencialmente e, quando foi afastado, apenas poucas pessoas das quais tiveram contato com ele também foram. Porém, o coordenador teve contato com quase toda a equipe, inclusive dando feedback para um grande grupo de colegas, em sala fechada”, relata o dirigente do Sindicato e bancário do Santander, André Camorozano, reforçando ainda que o coordenador afastado segue cobrando metas da equipe, com anuência dos superiores, superintendente e diretora. 

Coronavírus: Santander ignora risco de contaminação  

De acordo com o dirigente, para abrir mais espaço na Torre Santander, o banco transferiu parte da equipe para o Centro Velho da capital paulista, em um local no qual existe outro caso de suspeita de contaminação por Covid-19, totalizando dois casos em menos de uma semana. 

“É uma completa irresponsabilidade. Como não afastam os bancários que tiveram contato com os casos suspeitos, expondo-os ao transporte público, o segundo maior foco de contaminação, perdendo apenas para os hospitais. A gestão do Santander está negligenciando a saúde dos seus funcionários e contribuindo para agravar ainda mais a situação de calamidade enfrentada pelo Brasil”, indigna-se Camorozano. 

Coronavírus: Santander não atende reivindicações dos trabalhadores

Agência XV de Novembro

Na agência da Rua XV de Novembro, no Centro Velho de São Paulo, existe um caso suspeito de contaminação por Covid-19. A bancária foi afastada, mas todos os colegas que tiveram contato com ela seguem trabalhando normalmente, inclusive com a realização semanal de treinamento por vídeo, aglomerados todos na mesma sala. 

Coronavírus escancara discriminação no Santander

“O Santander não está realizando, com a agilidade necessária, a sanitização dos locais em que foram registrados casos suspeitos e confirmados, são inúmeras denúncias de que colegas que tiveram contato com infectados não foram afastados e, para piorar, até mesmo casos suspeitos seguiram trabalhando normalmente por dias, com conhecimento do banco, o que coloca todos em risco. Cobramos o afastamento do bancário na primeira comunicação de suspeita, assim como o afastamento de todos os colegas que tiveram contato com ele, além da imediata sanitização do local de trabalho. O bancário brasileiro merece o mesmo respeito que o bancário da matriz espanhola do banco, o que não está ocorrendo, tendo em vista a enorme diferenciação nos protocolos adotados e na agilidade com a qual as medidas necessárias estão sendo tomadas, quando de fato são tomadas”, conclui André. 

Coronavírus: Para o Santander, bancário brasileiro "vale menos" que o espanhol

Confira abaixo alguns relatos coletados por dirigentes do Sindicato junto aos bancários do Santander: 

“Estava na sede até terça-feira. Agora, estou no prédio central, que teve caso confirmado ontem. Ninguém passa informações"

“Implorei por home office"

“Almoçamos em salas de reuniões e no café, todos apertados"

“Fiquei fora do prédio porque afastaram alguns. Nossa coordenadora esconde a informação"

“Estão forçando a volta de todos a qualquer custo"

“Que humilhação!”

“Estão todos combinados. Não querem exposição, mas precisam que nós produzamos insanamente para compensar a crise"

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