
Nesta sexta-feira, 6 de junho, o Sindicato realizou uma série de protestos em agências do Santander e locais de grande circulação contra a terceirização, contratações fraudulentas, fechamento de agências e em defesa do emprego bancário. Dirigentes do Sindicato estiverem em agências do Santander no centro de São Paulo, na Avenida Paulista, em Barueri e Osasco.
As ações fazem parte de uma mobilização nacional que exige que o Santander respeite os direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e pelo Acordo Coletivo Específico (ACT), além da responsabilização do banco por práticas abusivas e ilegais. A luta inclui também a representação de todos os trabalhadores do conglomerado Santander, que exercem atividades típicas de bancários e devem estar resguardados pelas mesmas garantias previstas na convenção nacional da categoria.
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Terceirização e fraudes na contratação
Desde 2019, o Santander vem transferindo bancários para outras empresas do conglomerado, como a F1RST, SX Tools, Prospera, SX Negócios entre outras. Todas com CNPJs diferentes. Com isto, o banco está fragmentando a categoria bancária e excluindo esses trabalhadores dos acordos coletivos e direitos conquistados.
Desta forma, esses trabalhadores deixam de ser abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) bancária, que garante uma série de direitos como PLR, VA e VR de mais de R$ 1.900 somados, auxilio-creche/babá de R$ 659,67 e dezenas de outros.
“O Santander utiliza deste artifício para cortar direitos, reduzir a remuneração e fragmentar a categoria. O Santander, que bate recorde de lucro ano após ano, tem a obrigação de respeitar os bancários brasileiros, que tanto colaboram para o resultado global do banco, e também a nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Trabalha para o banco, bancário é”
André Camorozano, dirigente do Sindicato e bancário do Santander
O lucro líquido gerencial do Santander atingiu R$ 3,861 bilhões no 1º trimestre de 2025, crescimento de 27,8% em relação ao mesmo período de 2024. Somente com o que arrecada com tarifas e serviços, receita secundária, o banco espanhol cobre em 171,5% toda a sua despesa com pessoal, incluída a PLR.
Defesa do emprego bancário e luta contra o fechamento de agências
Em 12 meses, o número de clientes do Santander cresceu 4,9%, enquanto o número de trabalhadores manteve-se praticamente estável, com variação de 0,2%. Com isso, a relação trabalhador/clientes passou de 1.192 clientes para cada trabalhador para 1.278 clientes por trabalhador.
Além disso, também em 12 meses, o Santander fechou 299 agências e 184 PABs.
“É inadmissível que o Santander siga tratando os brasileiros desta forma. Esta postura do banco – que visa maximizar seu lucro cortando direitos, remuneração, demitindo e fechando agências – prejudica a todos, bancários e clientes. Os bancários que seguem trabalhando nas agências que restam estão cada vez mais sobrecarregados, dado o pequeno número de funcionários e a demanda absorvida das unidades fechadas, e os clientes encontram enormes dificuldades para obter o atendimento presencial, o que impacta principalmente a população idosa”, explica o dirigente do Sindicato.
“Seguiremos mobilizados e lutando em defesa do emprego bancário, dos direitos dos trabalhadores do Santander, e contra a contratação fraudulenta, o fechamento de agências e as demissões. É dever do Santander respeitar os bancários e clientes brasileiros”, conclui André Camorozano.
