São Paulo - O desmonte que o governo Temer pretende impor com a reforma trabalhista está bem perto de ser rejeitado pelo plenário do Senado. Segundo monitoramento divulgado pelo Estadão na sexta-feira 7, 42 senadores se colocaram a favor do texto, somente um a mais do que o mínimo necessário para aprová-lo.
Diante do quadro, Ivone Silva, presidenta do Sindicato, reforça a convocação de todos os bancários e a sociedade brasileira para manter forte a pressão sobre os senadores, continuando a entupir a caixa de e-mails deles alertando de que, se o texto passar, eles jamais serão reeleitos. Pressionar é fácil. Basta clicar aqui e seguir as intruções. Não leva mais do que alguns segundos.
> Unicamp lança dossiê de contraponto à reforma trabalhista
> Com reforma trabalhista, dê adeus à incorporação de função
> Proteção menor ao emprego não cria vagas
Se for aprovado pelos senadores, o desmonte dependerá apenas da sanção de Temer para virar lei, uma vez que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Temer, ao lado de banqueiros e empresários, é o idealizador do projeto.
> "E o banqueiro decidiu cobrar a conta do golpe"
> CNI divulga nota defendendo reformas
Desembarque - O mais recente desembarque foi do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), líder do partido no Senado. O PDT já havia fechado posição contra a reforma. Por ser um projeto de lei (PLC 38), o desmonte de direitos via reforma trabalhista precisa de maioria simples para ser aprovado. No Senado, o plenário tem 81 parlamentares, sendo três representando cada um dos 26 estados, além do Distrito Federal.
O monitoramento dá a entender que o apoio está caindo rápido. Na terça 4, o governo conseguiu 46 votos para aprovar o regime de urgência para o trâmite do PL. Com isso, a votação deve ser realizada na terça-feira 11.
> Metade dos empresários não acreditam em mais empregos