Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Dia de Luta contra assédios

Sindicato protesta contra assédios sexual e moral nos bancos

Imagem Destaque
Dirigentes do Sindicato em ato contra assédios moral e sexual nos bancos

O movimento sindical bancário realizou, nesta terça-feira 5, o Dia Nacional de Luta contra os Assédios Moral e Sexual, com atos em todo o país. Na capital paulista, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região protestou em frente à agência Iguatemi da Caixa, na Avenida Faria Lima, zona oeste da cidade. Esteve ainda em agências e prédios administrativos dos bancos nas zonas norte (Santana/Tucuruvi), sul (Granja Julieta) e Centro (na Nova Central do Bradesco), protestando contra assédio nos bancos e divulgando a Campanha Nacional dos Bancários 2022, que já está em fase de negociação com a Fenaban (federação dos bancos).

O Dia de Luta contra o assédio foi motivado pelas recentes denúncias que levaram o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a se afastar do cargo. Pedro Guimarães está sendo acusado por um grupo de bancárias da Caixa de ter cometido assédios sexuais contra elas. O caso está sendo investigado desde o ano passado, sob sigilo, pelo Ministério Público Federal (MPF), mas se tornou público na semana passada, após reportagem do portal Metrópoles.

“Queremos apuração dos fatos e ações para cessar essa conduta de violência sexual no ambiente de trabalho. Toda solidariedade às bancárias da Caixa!”, declarou a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, em sua conta no Twitter.

Atos de rua e tuitaço

Além dos atos de rua, ocorreu tuitaço com a hastag #BastaDeAssedio.

“Reivindicamos que o caso de Pedro Guimarães seja apurado pelos órgãos competentes. Além da investigação pelo MPF, queremos que seja aberta uma sindicância isenta dentro da Caixa. Exigimos respeito a todas as empregadas da Caixa e dos demais bancos. Basta de assédios sexual e moral nas instituições financeiras. Os bancos pregam um novo mundo em suas propagandas, mas sabemos que o clima nos ambientes de trabalho bancários são adoecedores, com pressão por metas e trabalhadoras sendo desrespeitadas constantemente. Queremos respeito e igualdade de oportunidades sem discriminação de gênero”, disse a dirigente do Sindicato Tamara Siqueira, que é bancária da Caixa.

Mesa sobre Igualdade de Oportunidades

O caso de Pedro Guimarães também motivou a antecipação da discussão do tema Igualdade de Oportunidades com a Fenaban. A mesa, que seria em 1º de agosto, ocorrerá já nesta quarta-feira 6.

“Na mesa de amanhã, também vamos discutir o problema de assédio sexual nos bancos, e reivindicar que os bancos melhorem os canais de denúncias e proteção às mulheres, uma conquista nossa de 2020”, informou a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa de negociação com a Fenaban.

seja socio