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Chapéu
Reação a abusos

Sindicato protesta contra demissões do Banco Carrefour durante a crise do coronavírus

Linha fina
Braço financeiro da rede francesa de hipermercados está impondo acordo individual para home office e demitiu em plena pandemia, incluindo trabalhadores com deficiência e uma empregada cuja filha tem sérios problemas de saúde e depende muito do convênio médico
Imagem Destaque
Sindicato protesta contra demissões do Banco Carrefour em frente ao Shopping Butantã

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região deflagrou protesto contra as demissões no Banco Carrefour (Carrefour Soluções Financeiras). O braço financeiro da rede francesa de hipermercados mandou embora dezenas de trabalhadores em plena pandemia do novo coronavírus. Dentre os 36 demitidos, três são pessoas com deficiência. Uma outra trabalhadora demitida tem uma filha com sérios problemas de saúde e depende muito do convênio médico.   

“O Sindicato está tentando marcar uma reunião com a empresa desde que teve conhecimento das demissões a fim de propor soluções que impactem menos na vida dos trabalhadores, mas não obteve retorno. Tentamos reverter as demissões, e o banco mostrou-se insensível e tampouco concordou em estender plano de saúde e vale-alimentação a estes demitidos”, denuncia Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato.    

Acordo individual de home office

O ato também foi motivado em razão da imposição de um acordo individual referente ao home office, sem negociação com o Sindicato.   

Uma das cláusulas determina que o banco não reembolsará nem indenizará as despesas relativas ao home office, “não se limitando a gastos com a internet, com telefonia/headset, materiais de escritório, infraestrutura mobilizária necessária para o teletrabalho (cadeira, mesa etc.), iluminação, dentre outros”. 

“Não aceitamos acordos individuais. Queremos que o banco deixe de exigir dos seus funcionários a assinatura deste acordo individual e trate do assunto com o Sindicato, de forma coletiva”, afirma Neiva Ribeiro.   

Os protestos foram realizados em frente às unidades do Carrefour nos bairros do Butantã, Casa Verde e Aricanduva, na tarde de sexta-feira 7. Também foi realizado um protesto virtual a fim de expor nas redes sociais a atitude do Banco Carrefour.    

Na França foi diferente

Outro motivo para a realização do protesto é o não reconhecimento por parte do banco em relação ao movimento sindical, já que a empresa se recusa a negociar com a entidade de defesa dos trabalhadores. Uma atitude da filial brasileira muito diferente da sua matriz. O Carrefour da França assinou um acordo marco global com a UNI Global Union, sindicato internacional do setor de serviços, no qual se compromete a respeitar o direito dos trabalhadores, entre eles a negociação coletiva.   

“Esperamos que o Carrefour reveja seu posicionamento e procure o Sindicato para buscar uma solução para as demandas dos trabalhadores. Caso isso não ocorra, buscaremos outras ações para que essa situação não prevaleça”, afirma Neiva. 

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