
O Sindicato dos Bancários de São Paulo paralisou nesta quarta-feira 17 o Ceic (Centro Empresarial Itaú Conceição). O protesto – deflagrado na sede da instituição financeira contra as mais de mil demissões realizadas de uma só vez no último dia 8 –, foi motivado também para pressionar o banco a negociar a reversão das dispensas.
O Itaú passou a monitorar trabalhadores em home office sem o conhecimento deles, e expôs publicamente que as demissões foram justificadas por alegada baixa produtividade no home office, e fundamentadas pelo monitoramento de cliques e outras ações nos equipamentos dos empregados.
“Este processo está gerando uma série de questionamentos. O banco não estabeleceu negociação com o Sindicato para ouvir os trabalhadores, analisar os casos e rever as demissões. Um desrespeito com o Sindicato e com as mesas de negociação sobre teletrabalho e tecnologia, conquistadas com muito esforço junto à Fenaban”, afirma Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Apesar do caráter pacífico da manifestação, a Polícia Militar foi acionada e apareceu com um grande contingente. “Conflito de bancário com o patrão não é caso de polícia. Estamos nos esforçando para garantir que a manifestação seja tranquila e pacífica. E a presença da polícia não ajuda para isso”, enfatiza Neiva.
Valeska Pincovai, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados, avaliou a atividade como positiva. “O protesto ocorreu sem conflitos e na mais perfeita harmonia nas seis torres do centro administrativo onde trabalham cerca de 24 mil bancários, dos quais muitos nos enviaram mensagens de apoio à manifestação.”

Sindicato em ação
Logo após tomar conhecimento da demissão em massa, o Sindicato acionou o Itaú para cobrar esclarecimentos sobre a situação. A entidade também divulgou nota à imprensa repudiando a postura do banco e deflagrou protestos nos centros administrativos do banco e nas redes sociais. Também fez reunião com a instituição financeira, plenária com os demitidos, coletiva de imprensa e Momento Bancário.
“Os próprios trabalhadores nos relataram que foram orientados a não se manifestarem nas redes sociais, sob ameaça velada de demissão. Mas mesmo assim, dirigentes e funcionários do Sindicato receberam ao longo do dia, pelas DMs, uma série de manifestações em apoio ao protesto. A aprovação dos bancários mostra que estamos no caminho certo e assim seguiremos”, afirma Neiva Ribeiro.
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