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Chapéu
Eleições 2018

Estatais brasileiras sob ameaça

Linha fina
Plano de liberais da equipe econômica do candidato do PSL a Presidência é utilizar ações “Golden Share” para acelerar privatização de 150 empresas públicas; na avaliação do Sindicato, bancos públicos podem ser afetados
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Foto: FUP

De acordo com o site Infomoney, a equipe econômica do candidato Jair Bolsonaro (PSL) já prepara o terreno para colocar em prática seu plano de privatizar cerca de 150 estatais brasileiras caso eleito. De acordo com o jornal, os liberais que auxiliam o candidato propõem a utilização de ações Golden Share para acelerar o programa de desestatização e quebrar resistências.  

“Golden share” é uma ação exclusiva que o Estado pode impor ao privatizar uma estatal. Essa ação dá poder de veto ao governo, mesmo como acionista minoritário, em decisões como a venda de controle ou mudança de local de sede, por exemplo. Porém, as prerrogativas de veto do Estado variam de acordo com cada empresa privatizada. A estratégia foi utilizada pela primeira vez no Brasil nos anos 1990.

Além disso, de acordo com a reportagem, Bolsonaro está buscando nomes de tendência extremamente liberal e privatista para compor o que ele chama de “time dos sonhos” na área econômica, junto com seu “guru” Paulo Guedes. Um dos sondados para a presidência do BNDES, por exemplo, é o banqueiro Eduardo Centola, sócio e copresidente do Banco Modal.

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Para o diretor do Sindicato e bancário do Banco do Brasil, João Fukunaga, os bancos públicos estarão em risco no caso da vitória de um projeto privatista.

“Funcionário público é vagabundo”
Privatizar é a solução?

“Não temos qualquer razão para confiar que um projeto extremamente privatista, que já fala em vender 150 estatais, não vá privatizar o Banco do Brasil e demais bancos públicos. O guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, já deixou bem claro em entrevista que a intenção é privatizar tudo. Porém, quando Guedes ou o vice Mourão entregam os planos antes da hora, com possíveis prejuízos para a campanha, Bolsonaro corre para desautorizá-los. Foi assim com a proposta do fim do 13º, do adicional de férias, e pode ser assim com a privatização dos bancos públicos. Não podemos pagar para ver”, alerta Fukunaga.

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