Bancários e financiários sindicalizados aprovaram, por unanimidade, a proposta orçamentária do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região para 2021, em assembleia virtual realizada na noite desta segunda-feira 7. A votação virtual – devido à pandemia de coronavírus – iniciou às 19h e se encerrou às 21h, por meio de link divulgado com antecedência pela entidade, na Folha Bancária nº 6.239.
Na mesma edição da Folha Bancária foram divulgadas as tabelas detalhadas de valores e áreas de investimento. Confira aqui.
“O Sindicato preza pela transparência e democracia na relação com seus sócios. Por isso, todos os anos divulgamos como os recursos do Sindicato foram aplicados no ano corrente e o planejamento para o ano seguinte. E essa decisão é feita com a participação dos sindicalizados, por meio de assembleia como a de hoje”, destaca a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
Veja tabela com o resumo do orçamento 2021:
Alienação de imóveis
Os sócios também aprovaram a alienação dos seguintes bens imóveis da entidade: a Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Centro); a Regional Paulista (Rua Carlos Sampaio, 305, próximo ao metrô Brigadeiro); e a Bangraf, gráfica do Sindicato, que fica no bairro do Moinho Velho (zona sul) e já está desativada.
A negociação, em forma de permuta, é para a reutilização desses imóveis. “Isso será fundamental para reduzir despesas e para valorizar o patrimônio do Sindicato, que é de todos os sócios. A ideia é que, com os projetos a serem implementados, esses espaços sejam mais sustentáveis, e que resultem em menos gastos para a entidade”, explica a secretária de Finanças do Sindicato, Maria Rosani.
Ano atípico
Ivone lembra que 2020 foi um ano atípico e histórico para a entidade. “Tivemos que lidar com uma pandemia que nos obrigou a ser criativos e usar a tecnologia em prol da nossa luta. E foi o que fizemos com as assembleias virtuais, contatando os bancários por e-mail e whastapp e mobilizando pelas redes sociais. Assim fizemos nossa Campanha Nacional Unificada deste ano, e mesmo com o isolamento social, conseguimos articular a categoria e sair vitoriosos, com um acordo de dois anos que prevê reajustes em 2020 e 2021, além da manutenção de todas as cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).”
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Lembrou ainda que os financiários também saíram vitoriosos de sua campanha, com reajustes e cláusulas da CCT mantidas por dois anos.
Além dos ganhos financeiros – os reajustes nos salários, VA e VR e PLR dos bancários representarão, em um ano, uma injeção de R$ 8,1 bilhões na economia –, a categoria mais uma vez saiu na frente e começou a negociar acordos de teletrabalho (home office) com grandes bancos (Bradesco, Itaú, BB) e outros menores, que regulamentam e garantem direitos nessa nova modalidade de trabalho, que se intensificou por conta da pandemia de coronavírus, mas que deve se manter mesmo após a crise sanitária.
Fortaleça o Sindicato
A dirigente destaca que essa vitória dos bancários em meio a mais um ano de retirada de direitos por um governo antitrabalhista e de uma pandemia, só foi possível devido à união e organização da categoria em seus sindicatos. “Isso tudo é fruto da nossa luta, e para fazer a luta precisamos de recursos, que vêm das sindicalizações e mensalidades dos nossos sócios. Por isso, é importante que a categoria esteja ao lado da sua entidade representativa, porque só sindicatos fortes conseguem fazer frente às ameaças e retrocessos que estamos vivendo no mundo do trabalho. Nossa Campanha 2020 foi um exemplo de que é a organização que assegura os direitos da categoria.”
> Sindicalize-se para fortalecer a entidade que defende seus direitos