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Chapéu
Greve geral

História chama e bancários novamente dizem: presente!

Linha fina
Categoria adere em peso à greve geral de 28 de abril, convocada pela CUT, contra as nefastas reformas propostas pelo governo Temer, patrocinadas principalmente pelos banqueiros. São dezenas de locais de trabalho parados em defesa dos direitos trabalhistas, da Previdência e dos bancos públicos
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Foto: Mauricio Morais

São Paulo - A participação dos bancários em momentos decisivos para a classe trabalhadora é histórica. Sempre estivemos lá. E, nesta sexta-feira, 28 de abril de 2017, a categoria escreve mais uma página de luta memorável em sua biografia.

Foram 530 de locais de trabalho bancário parados na greve geral, em todas as regiões de São Paulo e de Osasco, abrangendo cerca de 62 mil trabalhadores. A adesão à greve foi aprovada por pelo menos oito em cada dez bancários (81%), em assembleias realizadas em dezenas de locais de trabalho, com a participação de 15.613 trabalhadores de bancos públicos e privados.

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O Aviso de Greve foi publicado na Folha Bancária nº 6.069, de 24 e 25 de abril.

Permaneceram paradas as concentrações da Nova Central, Telebanco Itaú BBA, Itaú CAT, Vila Santander, Complexo São João, além de agências nas regiões da Voluntários da Pátria, Faria Lima, Avenida Paulista, centro novo, centro velho, Praça da Sé, Silvio Romero, Tucuruvi, Berrini, dentre outras.

A greve geral foi convocada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e demais centrais sindicais em resistência aos diversos ataques feitos pelo governo Temer contra a classe trabalhadora. Dentre eles, a extinção da Previdência Social e da CLT, travestida nas reformas da Previdência e trabalhista, o desmonte dos bancos públicos e a terceirização generalizada.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que os bancos estão entre os principais patrocinadores desse golpe contra os direitos trabalhistas e sociais. “Segundo a Intercept Brasil [site de notícias], os banqueiros foram inclusive um dos mentores do desmonte da CLT e do fim da aposentadoria propostas por esse governo ilegítimo. Agora mandam seus gestores ameaçarem os trabalhadores para desestimular a adesão à greve."

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É direito! - O Sindicato recebeu denúncias de que gestores estavam ameaçando descontar quatro dias (sexta, sábado, domingo e o feriado de segunda-feira) dos trabalhadores que aderirem à greve geral.

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O advogado trabalhista Ericson Crivelli destaca que a lei determina negociação prévia entre patrão e empregados antes de qualquer decisão sobre dias parados. E explica que ainda que não haja acordo, os bancos não poderão descontar os quatro dias: “Se no dia 28 o bancário não aparecer para trabalhar, o empregador não sabe porque motivo ele `faltou´. Se não foi trabalhar porque aderiu à greve ou porque não conseguiu meio de transporte. Portanto, não pode descontar”.

O advogado ressalta também que esse tipo de ameaça é ilegal e configura prática antissindical. “Ficar ameaçando o empregado de que vai descontar ou obrigando-o a ir trabalhar porque vai mandar Uber, táxi, ou qualquer outro meio de transporte que não aquele que o empregado está acostumado a utilizar habitualmente, constitui um constrangimento ao direito de exercício de greve. É uma prática antissindical. Portanto, um ato ilegal.”

 

 

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