Os empregados da Caixa tiveram avanços na proposta apresentada pela direção do banco, no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2020, em negociação que se estendeu até a madrugada de quinta-feira 27. A direção do banco público garantiu a manutenção da proporção 70/30 no modelo de custeio do Saúde Caixa, com o banco arcando com 70% das despesas de assistência médica e os 30% restantes divididos entre os usuários, e o ingresso de novos contratados no plano de saúde.
Por outro lado, os representantes dos empregados avaliam como negativa a individualização das mensalidade e do teto de coparticipação. Além disso, a Caixa novamente não trouxe para a mesa de negociação uma proposta de PLR Social e demais cláusulas sociais.
Uma nova negociação está agendada para esta sexta 28, às 10h.
Saúde Caixa
- Manutenção da proporção 70/30 até outubro de 2021
- Manutenção e ampliação do GT Saúde Caixa (Grupo de Trabalho Saúde Caixa), para debater novo modelo para o plano
- Mensalidades: 3,55% por titular; 0,6% por dependente
- Coparticipação: 30% por procedimento, com teto de R$ 2.200 por pessoa ao ano. Internações e tratamentos oncológicos (câncer) não entram no cálculo de coparticipação. Atendimento em Pronto Socorro tem taxa fixada em R$ 75.
“Tivemos importantes avanços nesta última negociação como a manutenção da proporção 70/30 até outubro de 2021, período em que o GT pode atuar para melhorar o plano, e a superação do déficit com o reajuste distribuído entre os usuários. Porém, avaliamos que o custo do plano ainda permaneceria elevado e a individualização das mensalidades e do teto de coparticipação agravam essa questão, uma vez que podem gerar dívidas para os usuários”, avalia o diretor do Sindicato e membro da CEE/Caixa, Dionísio Reis.
PLR
Até o momento, a direção da Caixa só propôs a manutenção da PLR modalidade Fenaban, com a garantia de uma remuneração base. A direção do banco ainda não trouxe para a mesa de negociação proposta sobre a PLR Social e demais cláusulas sociais.
“A PLR Social remunera os empregados justamente pelos serviços sociais que só a Caixa executa, como é o caso do pagamento do auxílio emergencial. Nossa expectativa é que a Caixa apresente proposta com garantias para este ponto e demais cláusulas sociais, honrando o que informou aos empregados em comunicado divulgado na Intranet”, diz Leonardo Quadros, diretor da Apcef-SP e da Fetec-SP.
Mobilização
De acordo com Dionísio, a mobilização dos empregados tem sido fundamental para pressionar o banco e avançar nas negociações.
“A participação dos empregados nas ações nas redes, com tuitaços; carreatas e demais ações propostas pelo Sindicato tem sido importantíssimas nesta Campanha Nacional dos Bancários 2020. A plenária e a assembleia do Sindicato, realizadas de forma virtual, contaram com milhares de bancários. Só desta maneira, intensificando ainda mais a mobilização, vamos sair vitoriosos”, conclui o diretor do Sindicato.
Nesta sexta-feira 28, às 10h, bancários fazem nova carreata para pressionar os bancos, desta vez saindo da Praça Charles Miller (Pacaembú). Também serão realizadas outras ações nas redes sociais.
Conecte-se ao Sindicato
Mande aqui um WhatsApp para o Sindicato, salve o nosso número nos seus contatos e fique por dentro de tudo o que acontece na Campanha Nacional dos Bancários 2020. Ou cadastre-se para receber notícias da campanha em seu e-mail.
Acesse a página de notícias Ao Vivo e siga o Sindicato dos Bancários no Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin e Youtube para se manter informado sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2020.
Nós também fizemos uma lista com perguntas e respostas sobre a campanha.
Saiba como foram as negociações anteriores com a Caixa:
> Sexta negociação: Sindicato cobra proposta para Saúde Caixa, PLR e respeito à jornada
> Quinta negociação: Empregados rejeitam propostas para o Saúde Caixa
> Quarta negociação: empregados defendem atual modelo de custeio do Saúde Caixa
> Terceira negociação: Caixa não traz respostas e ataca direitos
> Segunda negociação: saúde em primeiro lugar
> Primeira negociação: home office
Saiba como foram as negociações até o momento com a Fenaban:
> Décima primeira: Bancos recuam em rebaixar PLR, mas mantêm reajuste zero
> Décima rodada: Fenaban mantém reajuste zero e PLR rebaixada
> Nona rodada: Fenaban insiste em retirada de direitos
> Oitava rodada: Bancos propõem reajuste ZERO
> Sétima rodada: Bancos querem retirar 13ª cesta e diminuir gratificação
> Sexta rodada: Fenaban propõe reduzir PLR dos bancários em até 48%
> Quinta rodada: Bancos apresentarão proposta na terça-feira 18
> Quarta rodada: Sindicato cobra implantação do canal a vítimas de violência
> Terceira rodada: Sindicato cobra da Fenaban melhorias para saúde dos bancários
> Segunda rodada: Bancários reivindicam manutenção dos empregos
> Primeira rodada: Sindicato negocia regulamentação do home office