Entre 30 de setembro e 29 de novembro, o Banco do Brasil vai promover as provas do 25º “programa de certificação de conhecimentos” de parte de seus funcionários.
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Neste ano, a direção do banco impôs uma condição retrógrada que remete ao século 19: “não será permitido o acesso de ‘short, saia curta e chinelo’”. A informação foi veiculada pelo jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
“Infelizmente censurar e constranger as mulheres tem sido rotina nessa nova gestão indicada por Bolsonaro para o banco e no país. As bancarias não são propriedade de parte do banco, elas devem usar o que quiser, são donas do seu corpo e da sua história”, afirma Fernanda Lopes, dirigente sindical e representante da Contraf-CUT na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
Essa não é a primeira vez que o Banco do Brasil se vê envolto na onda conservadora que atinge o país. O atual presidente do banco, Rubem Novaes, tinha o costume de publicar em suas redes sociais conteúdo com teor machista, sexista e misógino.
Em abril deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) censurou uma campanha publicitária do banco, direcionada aos jovens, para divulgar a abertura de conta corrente por aplicativo no celular. O episódio resultou na demissão do diretor de Comunicação e Marketing do banco, Delano Valentim.
A peça publicitária era representada por atores negros, brancos e transexual, enaltecendo a diversidade racial e sexual do país. Ela foi veiculada durante menos de duas semanas antes de ser censurada pelo presidente.
“O Banco deveria estar preocupado em garantir melhores condições de trabalhado para as funcionarias e funcionários. Esse tipo de censura colabora apenas com o machismo e com o constrangimento das trabalhadoras. Mais uma vez o BB envergonha as mulheres”, afirma Fernanda, lembrando que o banco sempre se destacou em politicas de gêneros, inclusive com programas premiados pela ONU.