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Chapéu
Trabalha no banco, bancário é

Sindicato cobra que Santander contrate terceirizados demitidos do Radar

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Arte em desenho com fundo vermelho composta por imagens de rostos humanos simulnaod fotos 3 por 4 em fileira. em uma delas está o logo do santander sob uma lupa. Na parte inferior da lupa, uma carteira de trabalho

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região cobra do Santander a contratação como bancários dos trabalhadores da empresa terceirizada Fox, que rescindiu o contrato com o banco. Os cerca de 40 empregados, lotados no Radar Santander, foram demitidos pela intermediadora de mão de obra e estão cumprindo aviso prévio.

A entidade enviou ofício ao Santander reforçando a reivindicação para a contratação, e solicita reunião com o banco para debater a situação dos empregados terceirizados.

Os trabalhadores em questão prestam serviços para o Santander, dentro de um centro administrativo do banco, realizam funções bancárias, mas foram contratados por uma empresa terceirizada.

Por serem terceirizados, ganham muito menos do que os trabalhadores contratados diretamente pelo banco e não contam com os mesmos direitos da categoria bancária.

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Estudo feito pela CUT em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) aponta que os trabalhadores terceirizados ganham em média 25% menos do que os empregados diretos – no setor bancário chega a ser 70% menos –; trabalham em média 3 horas a mais por semana e ficam menos tempo em cada emprego (em geral saem antes de completar três anos, enquanto que a média de permanência do funcionário direto é de 5,8 anos).

“O grande problema é que o Santander não estende nem a Convenção Coletiva e nem o Acordo Coletivo de Trabalho específico aos terceirizados, que recebem um piso salarial muito menor do que o da categoria bancária, não contam com vale-alimentação, auxílio-creche, PLR; e o vale-refeição é tão baixo, que os próprios empregados costumam dizer que é um ‘vale-coxinha’.”

Roberto Paulino, dirigente sindical e bancário do Santander

“Deve ser manifestada a indignação com todo o processo de terceirização do Santander, porque os contratos do banco firmados com essas empresas são muito frágeis, o que se revela em um momento como este, em que os empregados das terceirizadas são sumariamente demitidos quando o contrato é rescindido”, acrescenta o dirigente.

Reforma trabalhista precarizou relações de trabalho

Roberto enfatiza o que o que ocorre com os empregados da Fox é mais um exemplo do resultado da reforma trabalhista que entrou em vigor em 2017, na esteira do golpe parlamentar promovido ano anterior.

“Um golpe executado justamente para que pudessem ser colocadas em prática leis que prejudicam os trabalhadores e a população, como é o caso da reforma trabalhista. E o Santander está se aproveitando muito desta lei para precarizar relações de trabalho e reduzir custos com salários a fim de aumentar seus lucros”, afirma Roberto.

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Eleições de outubro são oportunidade

O diretor do Sindicato lembra que a grande possibilidade de mudar este quadro extremamente desfavorável aos trabalhadores passa pelas eleições de outubro, quando os brasileiros terão a oportunidade de eleger um presidente, deputados e senadores alinhados com os direitos dos trabalhadores. “Desta forma teremos condições de reverter partes da reforma trabalhista, ou pelo menos a questão da terceirização irrestrita, e fazer o banco respeitar a CCT para todos os trabalhadores que prestam serviços para o banco.”

Procure o Sindicato

O Sindicato está à disposição destes trabalhadores para orientações jurídicas (veja contatos abaixo).
“Permaneceremos lutando contra a terceirização nos bancos, que significa precarização do trabalho e redução salarial. Para nós, quem trabalha no banco, bancário é. Os trabalhadores precisam estar juntos do sindicato para fortalecer esta luta”, afirma Roberto Paulino.

Procure o Sindicato

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