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Sindicato reage à demissão em massa no home office do Itaú e cobra transparência

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Manchetes da imprensa sobre demissão em massa no Itaú e a reação do Sindicato

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região atuou de forma rápida e mobilizada após o anúncio de cerca de mil bancários demitidos que atuavam em regime de home office ou híbrido no Itaú, na segunda-feira 8. Em nota à imprensa, o Sindicato denunciou que não foi comunicado previamente, destacou que o número caracteriza demissão em massa e classificou como inaceitável a justificativa de “produtividade”. A imprensa repercutiu a indignação de toda a categoria.

Entre as matérias publicadas, o Jornal Valor Econômico destacou o repúdio do Sindicato às demissões; o portal Diário do Centro do Mundo reforçou a posição da entidade; a Folha de S. Paulo informou a posição do Sindicato considerando as demissões inaceitáveis; o jornal O Globo reproduziu o pedido de explicações ao banco; e a IstoÉ também publicou o número de demitidos.

Na terça-feira 9, nova nota reforçou a denúncia: “O número excessivo de desligamentos, caracterizando demissão em massa, é desproporcional e injustificável diante da realidade”, destacou o texto. No mesmo dia, dirigentes sindicais se reuniram com o banco para cobrar esclarecimentos.

“O Itaú confirmou as cerca de mil demissões e reafirmou a produtividade como fator decisivo. Questionamos os critérios adotados, a ausência de diálogo com o Sindicato e o desrespeito à CCT e à legislação brasileira. Não é razoável usar mecanismos de vigilância digital para justificar cortes em massa. Se havia supostos problemas de desempenho, por que esses trabalhadores não foram advertidos antes de serem desligados?”,

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários

Na quarta-feira 10, diversas entrevistas foram concedidas para garantir que a posição dos trabalhadores chegasse à sociedade e informar a mobilização da categoria. Depoimentos de bancários demitidos também reforçaram que muitos haviam batido metas e recebido promoções recentemente. Além disso, relataram que não receberam qualquer feedback por parte do banco antes do desligamento, o que evidencia a falta de transparência nos critérios utilizados pelo Itaú.

 A repercussão se manteve durante toda a semana. O Poder 360 informou a plenária com os trabalhadores organizada pela entidade no dia 11; o jornal Extra também informou a reunião com os trabalhadores, o Uol destacou que nos depoimentos com os trabalhadores que não houve transparência nas políticas adotadas; a BBC (G1) também entrevistou os trabalhadores que questionaram a versão do banco.

Demissão em massa no Itaú é criticada nas redes sociais

Nas redes sociais, o assunto também foi destaque em diversas páginas. Muitas pessoas questionaram até o monitoramento das empresas, e quais os critérios estabelecidos em lei.

“A postura do banco Itaú desrespeita não somente a categoria bancária, mas também evidencia a ausência de regras claras e de transparência nos critérios adotados pelas empresas, que priorizam o aumento de seus lucros sem fornecer informações honestas aos trabalhadores. A conduta do banco, ao expor trabalhadores demitidos e associá-los à falta de produtividade, evidencia um ataque à dignidade da categoria e uma tentativa de justificar demissões em massa de forma injusta e covarde.”, conclui a presidenta do Sindicato.

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