A direção do Santander mais uma vez demonstra seu desrespeito aos trabalhadores com deficiência. Além de estar promovendo um intenso processo de terceirização que irá rebaixar salários e retirar direitos, o banco espanhol está demitindo e discriminando empregados com deficiência.
Por causa da terceirização para a empresa SX Negócios, estão sendo executadas várias demissões das áreas de atendimento a cliente oriundas do Vila Santander Paulista, do prédio da Bráulio Gomes e da Torre Santander.
Com este movimento de bancários sendo terceirizados, já foram demitidos ao menos 10 trabalhadores com deficiências – este número refere-se somente às informações que chegaram ao conhecimento do Sindicato. Portanto, podem haver mais dispensas.
Discriminação
O Santander já não cumpre a Lei de Cotas (8.213/91). Para completar, os trabalhadores do banco com algum tipo de deficiência estão sendo tratados de forma discriminadora: eles estão sendo segregados dos demais empregados em uma sala localizada no térreo do Bairro Azul, no Radar.
“Uma situação revoltante. São trabalhadores e trabalhadoras mães e pais de famílias e que precisam trabalhar, mas não sabem se irão continuar bancários, se serão terceirizados ou demitidos. O sentimento é de indignação total pela forma de tratamento dada pelo banco, de discriminação e de exclusão”, relata a dirigente sindical e bancária do Santander Maria Cleide Queiroz, que também é coordenadora do coletivo nacional dos trabalhadores e das trabalhadoras com Deficiência da CUT
Santander prega uma coisa e na prática faz outra
Nesta semana, o Santander fez uma live da diversidade apresentando o “Portal da Diversidade”, que se propõe a ser uma plataforma inclusiva. Para promover a iniciativa, o banco está utilizando a hashtag “#HabilidadeNãoTemLimite” e o slogan “Como podemos ser mais inclusivos e trazer mais oportunidades?”.
“A resposta é simples, Santander: não demita, não terceirize e não discrimine. O banco faz propaganda da inclusão, mas exclui os trabalhadores em salas separadas dos outros trabalhadores. Portanto, diante desta situação o slogan mais adequado seria #MaldadeNaoTemLimite, não é, Santander?”, questiona Maria Cleide Queiroz.
O Sindicato cobra que estes trabalhadores sejam realocados em ambiente adequado no qual possam executar seu trabalho com a dignidade que merecem.
“O banco já foi questionado sobre esta situação, e deve oferecer melhores condições de trabalho e uma solução para esta situação lamentável e inaceitável a qual se encontram estes trabalhadores”, enfatiza Maria Cleide.
Denuncie ao Sindicato
Estes trabalhadores devem denunciar ao Sindicato (veja canais abaixo. O sigilo é garantido) estas condições internas do ambiente de trabalho, pois mais uma vez que o banco está impedindo o acesso dos dirigentes sindicais aos seus centros administrativos, o que torna impossível para os dirigentes sindicais dialogar com os empregados nos locais de trabalho.
“Reivindicamos do Santander que realmente faça na prática o que prega na propaganda de diversidade e inclusão. Todo trabalhador merece respeito na sua vida laboral, e o banco espanhol tem totais condições de praticar a inclusão e dar condições dignas e justas de trabalho aos empregados com deficiências, sem descriminação e sem demissões”, afirma Maria Cleide Queiroz.
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