ATUALIZAÇÃO URGENTE: Sindicato conquista suspensão da MP 905. A aplicação da medida provisória pelos bancos está suspensa até a próxima negociação, dia 26.
A CUT e demais centrais sindicais protestaram na manhã desta quinta-feira 13, no centro de São Paulo, contra as mais recentes medidas editadas pelo governo Bolsonaro que atacam frontalmente os direitos dos trabalhadores. São elas a Medida Provisória 905 e o Plano Mais Brasil.
Manifestantes se concetraram na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, e marcharam até em frente à prefeitura de São Paulo, do outro lado do Viaduto do Chá, onde servidores municipais em greve estão acampados. Além da CUT, o ato foi integrado pela CTB, Intersindical, Nova Central, CSP Conlutas e Força Sindical.
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Ernesto Izumi, diretor executivo do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil lembrou que a MP 905 atinge diretamente os direitos dos trabalhadores bancários.
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“Ela praticamente liquida com a jornada de seis horas prevista na nossa CLT e demais acordos coletivos. E além disso abre espaço para discussão de participação nos lucros e resultados sem negociação com o sindicato, de uma forma impositiva pelas empresas.”
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O dirigente sindical Ernesto Izumi explica o que está em risco para os bancários e a necessidade de organização da categoria para enfrentar os retrocessos. pic.twitter.com/grG1rXPLeV
— Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região (@spbancarios) November 13, 2019
“Estamos denunciando o pacote de maldades que Bolsonaro e Paulo Guedes enviaram ao Congresso Nacional”, enfatizou Sérgio Nobre, presidente da CUT. “É a tal da carteira verde e amarela, que, na verdade, é uma forma de contratação de trabalhadores sem direito nenhum. Sem direito a férias, sem direito a décimo terceiro, sem contribuição para a Previdência Social. E é por isso que eles dizem que a Previdência está deficitária. Porque cria trabalhadores sem contribuir com o sistema de Previdência”, alertou Nobre.
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Sergio Nobre, presidente da CUT, alerta que a carteira verde e amarela é uma forma de contratação sem direitos para o trabalhador. pic.twitter.com/Qn2vQKTZf5
— Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região (@spbancarios) November 13, 2019
Luiz Claudio Marcolino, vice-presidente da CUT São Paulo e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, ressaltou que o ato serviu para dialogar com a população sobre as medidas que ele classificou como “atrocidades”.
“[O governo Bolsonaro] Já mexeu com a Previdência Social e agora [com a MP 905] vai ter uma diferenciação de trabalhadores. Trabalhadores que vão ter 2% de contribuição [sobre o salário] para o FGTS, multa de rescisão de 20%, ao invés de 40%, o governo quer acabar com o FAT, acabar com o FGTS, desmontar a estrutura de saúde e educação, que tem um percentual constitucional. Estes ataques tem que ser barrados”, afirmou.
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Luiz Claudio Marcolino lembra que, além da reforma da Previdência, este pacote econômico de Guedes é mais um ataque para acabar com os direitos dos trabalhadores. pic.twitter.com/xUeTsFSRuE
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