O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região está mobilizado na luta contra a terceirização da área de tecnologia pelo Santander a partir da transferência dos trabalhadores para a F1RST, nova empresa do grupo econômico Santander, que também receberá os funcionários da STI, a partir de janeiro de 2022. A participação de todos os trabalhadores nessa luta é fundamental
A mudança dos trabalhadores para a F1RST mudará a representação sindical dos bancários da área de tecnologia do banco, apesar de continuarem exercendo as mesmas funções, excluindo-os da categoria bancária e da abrangência de sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o que acarretará em redução da remuneração total e no corte de vários direitos (veja exemplos no final da matéria).
> Trabalhadores do Santander protestam em todo país contra terceirização
Confira abaixo um perguntas e respostas sobre a mobilização contra a terceirização da área de tecnologia e some forças nessa luta. Afinal, quem trabalha para o banco, bancário é! Vamos à luta!
O que o Sindicato está fazendo para que o Santander não terceirize a área de tecnologia por meio da F1RST?
Para o Sindicato, trabalhou em banco, bancário é. Por isso, a entidade trava uma luta de décadas para que todo trabalhador contratado pelo setor seja incluído na categoria bancária.
Desde o início de agosto deste ano, quando tomou conhecimento sobre a manobra de transferir os trabalhadores da área de tecnologia para a F1RST, alterando a representação sindical e reduzindo direitos, o Sindicato tem se reunido com os funcionários impactados, bancários e terceiros, para organizar a luta contra a medida. Também cobra do banco esclarecimentos e negociação sobre o tema.
O Sindicato busca sempre o caminho do diálogo e da negociação, por isso temos feito conversas com o banco neste sentido, e também estão sendo estudadas medidas judiciais.
O primeiro protesto contra a manobra do Santander para terceirizar a área de tecnologia foi realizado em 19 de agosto, no Geração Digital, cobrando negociação com o banco e convidando os trabalhadores a somarem forças na mobilização e se sindicalizarem, o que passa um recado claro para o banco: somos bancários!
Desde então, o Sindicato realizou outros três protestos e, na terça-feira, 30 de novembro, um Dia Nacional de Luta contra a terceirização no Santander.
Além disso, o Sindicato promoveu uma consulta com os trabalhadores de tecnologia sobre o desejo ou não de permanecer na categoria bancária e produziu uma página especial sobre a luta contra a terceirização da área de tecnologia pelo Santander.
O que eu perco deixando de ser bancário?
Ao deixar de ser bancário, você deixa de contar com todos os direitos clausulados na nossa Convenção Coletiva de Trabalho e também com a organização e poder de negociação de uma das mais atuantes categorias do país.
Os bancários negociam com os bancos de forma única, nacionalmente, e não por empresa, o que garante um poder muito maior nas negociações com os banqueiros, um dos setores mais lucrativos da economia.
Veja no final desta matéria exemplos concretos de prejuízos ao deixar de ser bancário.
Como o Sindicato sabe que os trabalhadores de tecnologia não querem deixar de ser bancários?
Além do contato direto dos dirigentes com os trabalhadores durante os protestos contra a terceirização, que foram muito bem recebidos no Geração Digital, o Sindicato realizou uma consulta com os trabalhadores, que teve início em 5 de agosto, na qual 92,98% disseram que querem continuar na categoria bancária, 5,26% disseram que são indiferentes e apenas 1,75% afirmaram que não desejam continuar como bancários.
É o empregador que define a base sindical do trabalhador?
O enquadramento sindical é determinado pela atividade preponderante da empresa (arts. 570 e 581, § 2º da CLT).
No caso do Santander, sua atividade preponderante é a bancária. Ou seja, seus trabalhadores são bancários.
A criação da F1RST pelo Grupo Santander, com um CNPJ diferente do banco, visa exatamente driblar essa norma, excluindo os trabalhadores da tecnologia da categoria bancária, reduzindo seus direitos e poder de organização e negociação.
A hierarquia na F1RST permanece sendo a do Santander, o principal cliente será o Santander, as normas, metas e normativos serão definidos pelo Santander. Ou seja, o banco busca uma maneira de reduzir direitos alterando arbitrariamente a categoria e atacando diretamente a organização dos Trabalhadores
Como eu posso colaborar com a luta contra a terceirização?
O momento exige organização e demonstração de que os trabalhadores querem ser bancários, rejeitando a redução de direitos pretendida pelo Santander. Como forma de protesto, o Sindicato convida todos os trabalhadores da TI a se sindicalizarem (preencha o formulário no final da matéria).
Também é necessário que todos participem das mobilizações, nas redes e nos locais de trabalho, pressionando o banco a recuar da terceirização da área de tecnologia.
No caso dos trabalhadores que hoje já não são bancários, e sim tercerizados, o Sindicato criou uma alternativa para aproximá-los da sua representação, o Sócio Parceiro (CLIQUE AQUI), oferecendo também diversas vantagens como descontos em cursos, serviços, atrações culturais e em diversos estabelecimentos comerciais.
É o grande passo da nossa luta e um recado para o Santander/F1RST: queremos ser bancários! Vamos à luta!
Como posso me informar mais sobre a luta contra a terceirização da área de tecnologia do Santander?
O Sindicato preparou uma página especial para organizar a luta contra a terceirização da área de tecnologia (CLIQUE AQUI). Nela, você encontra o contato direto de WhatsApp dos dirigentes sindicais, cadastro na nossa newsletter e todas as informações necessárias.