Uma das administradoras da PSO (Plataforma de Suporte Operacional) na região Sul de São Paulo encaminhou mensagem de e-mail constrangendo e expondo o nome e a produtividade de funcionários, e também em tom de ameaça aos gerentes de módulos, em uma atitude pouco respeitosa e que desconsidera a atual realidade em que se encontra a relação entre os caixas e escriturários da PSO e a direção do Banco do Brasil, por causa da reestruturação que retirou as comissões destes funcionários.
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O e-mail foi enviado pouco depois que o Banco do Brasil divulgou o programa de reestruturação, pelo qual irá reduzir o salário dos colegas da PSO por meio da extinção da comissão Caixa Executivo e acabar com o compromisso da gratificação de caixa para os escriturários.
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Por outro lado, o banco apresentou lucro líquido de R$ 13,8 bi em 2020, e anunciou aumento da participação na distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas.
Estas ações geraram indignação do funcionalismo, que vem aderindo às mobilizações feitas pelos sindicatos ao redor do país, com grande participação dos funcionários das PSO's, principalmente nas paralisações.
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Devido a isto, parece claro que venha a ocorrer a diminuição das vendas causada a desmotivação e a perda do entusiasmo em relação a procura por resultados, elencados com as mazelas da reestruturação.
“E parece que agora os problemas estão sendo agravados pelo jeito autoritário e desrespeitoso como as metas estão sendo cobradas, o que só piora a situação e coloca em xeque o conceito falacioso de liderança entre os gestores do BB”, afirma Ana Beatriz Garbelini, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancária do Banco do Brasil.
A PSO Centro está com defasagem de caixas. Porém, há agências que estão com quadro muito defasado de funcionários, e os caixas estão sendo usados nas Salas de AutoAtendimento, exercendo a função de escriturários sem abrir caixa e sem receber gratificação. “Sendo que com esta defasagem de caixas, estes poderiam estar abrindo o Terminal de Caixa, onde há falta, ao invés de cobrirem a defasagem das agências. E não está havendo respaldo da PSO para priorizarem a abertura de caixa pra manter a gratificação”, afirma Ana Beatriz.
Há relatos também de reuniões nas quais os funcionários são apenas obrigados a obedecer, sem direito a dar opinião, em um tom agressivo, em que as exigências têm destoado do limite do razoável.
Em acréscimo a tudo isso, os trabalhadores apontam ainda que os resultados negociais também não aparecem em decorrência de problemas da gestão dos PSO em relação as ferramentas e treinamentos dos funcionários.
É sabido que bancários estão se recusando a substituir o Gerente de Módulo, muitas vezes com sugestionamento de desvio de função. Ou seja, caixas convidados a substituir o gerente sem receberem a função, apenas com acréscimo de duas horas-extras.
“Precedente que o movimento sindical considera muito perigoso. Esperamos que isso não esteja aliado a uma orientação da Diretoria de Operações do BB que, além de se mostrar péssima gestão, não irá dobrar os funcionários neste momento em que a mobilização contra os problemas continua”, afirma Ana Beatriz.
“O Banco do Brasil deveria acreditar na força moral e profissional dos funcionários, e o Sindicato vai acionar a administração da PSO pra buscar a solução pra essa situação”, finaliza a dirigente.
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