Dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região apuraram que somente nesta semana ocorreram18 demissões, além de quatro transferências de trabalhadores, na área de Atendimento, no Bloco I do Radar, concentração bancária do Santander localizada em Santo Amaro.
Ao tomar conhecimento das demissões, o Sindicato entrou de imediato em contato com o Santander para cobrar esclarecimentos, através de coordenadoras do setor, da RH Relações Sindicais e da superintendente da área . A superintendência confirmou os desligamentos e transferências – estas, de acordo com o banco, se deram por conta de promoções conquistadas pelos trabalhadores.
Os dirigentes do Sindicato apuraram que não haverá reposição das vagas. A informação levantada indica que nenhum setor está conseguindo recompor demissões no banco.
O Sindicato está à disposição dos demitidos, por meio da sua Secretaria de Assuntos Jurídicos (veja contatos do Sindicato no final da matéria) e dos dirigentes sindicais.
Protesto
Diante destas novas demissões, o Sindicato promoveu mais um protesto, no Radar, nesta quinta-feira 3.
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“Mesmo sendo um banco altamente lucrativo, o Santander segue demitindo pais e mães de família. A consequência deste tipo de gestão é também o adoecimento físico e mental dos trabalhadores, que permanecem sobrecarregados e com medo constante de que se tornem os próximos demitidos”, diz Roberto Paulino.
“Nosso objetivo com o ato, além de dialogar e colocar o Sindicato à disposição dos trabalhadores, foi denunciar esta gestão desumana, pressionando para que o Santander abra negociação com o Sindicato e pare de demitir pais e mães de família”, acrescenta o dirigente.
Somente com o que arrecada com prestação de serviços e tarifas bancárias, uma receita secundária, o Santander cobre em 171,55% o total das suas despesas com pessoal, incluindo a PLR.
Terceirização
Além do medo constante das demissões, cada vez mais frequentes, os trabalhadores seguem ameaçados também pelo processo de terceirização através das empresas SX Negócios, localizada em Sorocaba; e Tools Digital Services, de Piracicaba, ambas do Grupo Santander, com CNPJ distintos, utilizadas pelo banco para retirar trabalhadores da categoria bancária.
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“O Santander retira da operação brasileira uma enorme fatia do seu lucro global e opera no país por meio de concessão pública. Portanto, deveria oferecer contrapartidas para a sociedade como, por exemplo, a geração de empregos dignos. Porém, ao invés disso, o banco demite pais e mães de família e precariza as relações de trabalho por meio da terceirização, achatando salários, cortando direitos e tentando desmobilizar a categoria. Cobramos o fim das demissões e do avanço da terceirização no Santander. Os bancários brasileiros exigem respeito”, conclui Roberto Paulino.
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