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Novas demissões e terceirização assombram bancários do Radar Santander

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Arte em desenho na cor vermelha, com o logo do Santander como marca d´água atrás de uma mulher sentada, em posição que demonstra preocupação. Ao lado dela, dois fantasmas, um escrito demissão e outro terceirização

Em visita ao Radar Santander, dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo confirmaram ao menos 15 demissões nos últimos dias. As dispensas ocorreram na área de Atendimento, no Bloco I do centro administrativo situado em Santo Amaro.

“Constatamos a angústia dos trabalhadores e trabalhadoras com relação ao medo de perderem seus empregos ou ainda serem terceirizados, o que resultaria na perda de direitos históricos conquistados pela categoria bancária, uma das mais organizadas e fortes do país.”

Roberto Paulino, dirigente sindical e bancário do Santander

O Sindicato está à disposição dos demitidos, por meio da sua Secretaria de Assuntos Jurídicos (veja contatos do Sindicato no final do texto) e dos dirigentes sindicais.

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Os dirigentes apuraram que não haverá reposição das vagas. A informação levantada indica que nenhum setor está conseguindo recompor demissões no banco.

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Ainda segundo apurações, não haverá novas demissões na área de Atendimento em janeiro, mas não há garantias para os meses subsequentes.

Outra questão apurada é com relação a sobrecarga dos empregados remanescentes – a área de Atendimento tem cerca de 500 funcionários. Segundo informações, não haverá sobrecarga.

PCDs sem funções

O Sindicato tomou conhecimento, no final do ano passado, que pessoas com deficiência estariam sem funções na área de Atendimento.

Questionada sobre este fato, a Superintendente da área negou a denúncia e informou que cerca de 15% dos empregados do setor têm deficiência. E todos estão com funções. Disse ainda que questões específicas são encaminhadas para a área de Diversidade do banco.

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O Sindicato reforça que trabalhadores com deficiência devem conversar com seus gestores se tiverem enfrentando algum problema relacionado ao trabalho. Caso não se sintam confortáveis, devem entrar em contato com o Sindicato. Veja canais no final do texto.

Terceirização no Santander é ameaça constante

Com relação à terceirização, o fantasma que paira sobre os bancários do Radar Santander é a empresa SX Negócios, uma das que o grupo Santander criou nos últimos anos para ampliar a terceirização dos seus trabalhadores. Hoje ela possui mais de 8 mil trabalhadores prestando serviços de atendimento em todo o território nacional.

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O banco está fragmentado a categoria bancária, fatiando-a com outras empresas do grupo. Caso recente é a área de Manufatura, também ocorrido no Radar Santander, terceirizada para a empresa SX Tools.

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Não há justificativas para demissões!

No entendimento do Sindicato, não há justificativas para demissões e, principalmente, para a falta de reposição de postos de trabalho, visto que muitas áreas do banco operam com sobrecarga de trabalho em face das metas abusivas, e diante do lucro bilionário do Santander.

O Sindicato luta pela geração de empregos bancários com direitos. Além disso, a entidade cobra com urgência que o Santander dê atenção à grave questão dos adoecimentos e afastamentos médicos causados pela sobrecarga de trabalho e pela cobrança de metas abusivas.

Demissões geram adoecimentos em banco extremamente lucrativo

Sobre a informação apontando que nenhuma área está conseguindo repor as demissões, o Sindicato entende que este é um dos fatores geradores do adoecimento e sobrecarga da categoria bancária, e que causa grande sofrimento e prejuízos aos trabalhadores.

“Não é possível um banco espanhol lucrar bilhões em nosso país [em 2021 foram mais de R$ 16 bilhões, e em 2022 a expectativa é pelo menos a repetição do resultado], obtido com juros extorsivos e altas tarifas cobrados dos clientes; e através do adoecimento gerado pela sobrecarga de trabalho e pela cobrança de metas abusivas causados pelo fechamento de postos de trabalho e pela ganância por lucros; e com a redução de custos por meio da redução de salários e direitos resultantes do aumento da terceirização”, afirma a dirigente sindical e bancária do Santander Beatriz Fuganti.

“Os bancos dependem de uma concessão pública para operar no mercado financeiro brasileiro. O mínimo que esperamos de uma instituição financeira estrangeira é o retorno social através da geração de empregos no país do qual o Santander obtém 27% do seu lucro mundial. E o Sindicato continuará lutando e cobrando respeito aos trabalhadores brasileiros por meio do fim das demissões e da terceirização, por melhores condições de trabalho e pela geração de empregos”, afirma a dirigente.

Beatriz Fuganti, dirigente sindical e bancária do Santander

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