Além de já ter demitido quase 40 trabalhadores no meio da pandemia do coronavírus – o que motivou protesto do Sindicato – o Banco Carrefour (Carrefour Soluções Financeiras) segue dispensando, e está avançando no processo de terceirização das suas operações.
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“Os funcionários estão com medo, não confiam no banco, que demite mesmo que as metas estejam sendo cumpridas, o que está criando um clima instável e de terror entre os trabalhadores”, afirma Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
No dia 18 de setembro, um funcionário do setor de prevenção a fraude do Carrefour Aricanduva foi demitido, somando-se aos mais de 30 que já foram demitidos desde a chegada do coronavírus ao país. O banco alegou má performance como motivo desta última demissão. O Sindicato apurou com colegas que a demissão foi injusta, pois o bancário prestava um bom trabalho.
“Em um momento tão difícil pelo qual o Brasil está passando, o conglomerado Carrefour não retribuiu em nada todo lucro que consegue no país, e segue demitindo em meio à crise econômica e social causada pela pandemia que mantém mais de 13 milhões de pessoas sem emprego. Um absurdo inaceitável de uma empresa que está obtendo lucro, e que terá resposta do Sindicato”, afirma Neiva Ribeiro.
Terceirização
Além de seguir com as demissões em meio à pandemia e pressionar pela assinatura de acordo individual prejudicial, o Banco Carrefour passou a intensificar seus processos de terceirização, o que invariavelmente irá resultar em mais dispensas.
A empresa Algar Telecom, que presta serviços de terceirização no Banco Carrefour, está avançando em todos os setores. Um exemplo, é a área de prevenção a fraudes. Alguns funcionários foram transferidos para outros setores, mas os demais ainda não conseguiram transferência e temem pelo emprego.
“De forma totalmente irresponsável e perversa, o Banco Carrefour precariza as relações de trabalho por meio da terceirização de suas atividades. Ao invés de manter uma equipe qualificada, o banco contrata uma empresa terceirizada com o objetivo de intermediar mão de obra barata e precarizar as condições de trabalho, o que prejudica até mesmo os clientes, deixando-os vulneráveis e expondo seus dados bancários para terceiros”, enfatiza Neiva.
Para completar, a Algar contratou cerca de 50 funcionários lotados em Belo Horizonte que estão recebendo orientação e suporte dos próprios bancários do Banco Carrefour, que não sabem se vão ser transferidos ou se vão perder o emprego.
“O clima é de se insegurança geral. Banco Carrefour, respeite o Brasil e os brasileiros. Basta de demissão e não à terceirização no país onde a rede francesa ganha tanto dinheiro. A população brasileira não irá se esquecer de como o Carrefour tratou seus trabalhadores neste período tão difícil”, afirma a secretária-geral do Sindicato.
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