
O Sindicato dos Bancários de São Paulo voltou a protestar contra a demissão em massa promovida pelo Itaú no dia 8 de setembro. Nesta segunda-feira 6, o dirigentes foram aos prédios BBA, Faria Lima, Ceic e CT, em mais uma atividade de repúdio às mais de mil dispensas sem nenhum diálogo com a representação dos trabalhadores.
Uma nova tentativa de conciliação está sendo realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na tarde desta segunda-feira 6.
Com faixas e carro som, os dirigentes conversaram com os bancários dos quatro prédios sobre as 1.182 demissões de trabalhadores em regime de home office, que foram monitorados sem conhecimento deles e sem transparência nos critérios adotados.
Além disso, foram publicamente expostos com a alegação de que as demissões ocorreram por alegada baixa produtividade no home office, e fundamentadas pelo monitoramento de cliques e outras ações nos equipamentos dos empregados.
Muitos dos demitidos tinham boa performance ou recebido promoções recentes. Outros estavam em áreas que passavam por reestruturação, e por isso, estavam sendo subaproveitados.
“Seguiremos protestando para pressionar o banco a rever essas demissões. Sobretudo os casos de neurodivergentes e de pessoas com problemas de saúde. Também queremos debater novas cláusulas do acordo de teletrabalho que garantam regras transparentes de monitoramento”, afirma Maikon Azzi, diretor do Sindicato e bancário do Itaú.
O Sindicato já fez reuniões com o Itaú e com a Fenaban para discutir o caso, mas ainda sem avanços. Também realizou plenárias (uma no dia 11 e outra no dia 24) com os trabalhadores do Itaú demitidos e da ativa, que estão preocupados com o futuro do home office. Nesta segunda-feira 6 está sendo realizada a terceira rodada de conciliação com a mediação do Ministério Público do Trabalho.
