São Paulo - Durante todo o ano de 2017, o Sindicato esteve ao lado dos bancários e demais categorias resistindo contra a retirada de direitos promovida pelo governo Temer e sua base aliada no Congresso. E também lutando, banco a banco (veja abaixo) por novas conquistas para a categoria.
Em 2018, o Sindicato estará novamente junto com bancários e bancárias, lutando contra a reforma da Previdência, pela anulação da reforma trabalhista, em defesa dos bancos públicos, pelos nossos empregos e direitos e por novas conquistas!
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E, como em toda a nossa história, lutaremos em defesa da democracia. É ano de eleição e precisamos eleger representantes dos trabalhadores na Presidência, governo estadual e Congresso Nacional! Para isso, o povo tem de ter o direito de votar nos candidatos que escolher! Só a luta te garante!
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Veja as principais conquistas banco a banco
Caixa Federal
Com o banco, empregos e direitos ameaçados pelo governo Temer, empregados da Caixa foram protagonistas da exitosa resistência em defesa da Caixa 100% Pública e sua função social.
Em meio ao desmonte imposto por Temer, empregados revelaram a estratégia de resistência: unir entidades, sociedade e forças políticas. E foi a mobilização na agência Jardim Camargo Novo, extremo-leste de São Paulo, que apresentou esse caminho. A unidade seria uma das 100 a serem encerradas na capital paulista. Entretanto, a mobilização pela sua permanência reuniu Sindicato, empregados, moradores, lideranças comunitárias e comerciantes locais, o que a manteve em funcionamento.
Para defender a Caixa 100% Pública, e demais bancos públicos, foram realizadas diversas audiências públicas na base do Sindicato (Embu das Artes, Carapicuíba, Barueri, Osasco, São Paulo, Itapevi).
E a maior vitória da luta dos empregados e entidades representativas chegou no último mês de 2017: em reunião do Conselho de Administração do banco, em 7 de dezembro, o item que transformava a Caixa em sociedade anônima, escancarando portas para a privatização, foi retirado do texto do novo estatuto.
Banco do Brasil
Os bancários do BB estiveram na linha de frente da defesa dos bancos públicos, ameaçados pelo desmonte promovido pelo governo Temer. Foram realizados diversos atos e audiências públicas na base do Sindicato (Embu das Artes, Carapicuíba, Barueri, Osasco, São Paulo, Itapevi).
Entre os protestos, um teve especial destaque. No dia 7 de novembro, em frente ao Complexo São João, dirigentes do Sindicato e agricultores lembraram à população que o BB é responsável por 70% do financiamento da agricultura familiar, que, por sua vez, fornece 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Sem o BB, nossa comida seria mais cara. Ao final do ato, foram distribuídos alimentos para a população.
Uma das vitórias dos bancários do BB em 2017 foi a liminar que garante o pagamento da incorporação de função aos bancários (com mais de 10 anos de cargo) descomissionados na reestruturação. O crédito passou a ser realizado em dezembro, mas nem todos foram abrangidos.
Caso o funcionário entenda que faz jus à incorporação, mas não houve o acerto em sua folha de dezembro, deve entrar em contato com Sindicato. A entidade disponibilizou um link específico para isso: spbancarios.com.br/bbreestruturacao. Mas atenção, o link é exclusivo para atendimento de sindicalizados. Se vocês não for sindicalizado, entre em contato com as regionais do Sindicato ou ainda por meio da Central Telefônica (11 3188-5200), pelo Whatsapp (11 975937749) ou diretamente com um dirigente.
> BB: foi descomissionado na reestruturação? Entre em contato com o Sindicato!
Outra vitória foi a determinação da Justiça, em ação impetrada pelo Sindicato, para que o BB pague adicional de periculosidade aos bancários que trabalham ou já trabalharam nos últimos cinco anos nos prédio situados na Avenida São João e Rua XV de Novembro, que mantêm armazenados tanques de óleo diesel. O banco ainda pode recorrer.
Itaú
O ano de 2017 consolidou uma grande vitória aos bancários do Itaú acometidos por Ler/Dort. Em 2016, o banco foi condenado por violações sistemáticas ao direito à saúde. Além de pagamento de multa, ficou obrigado a emitir CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) a todos os bancários com LER/Dort ou suspeita; não pode recusar ou questionar atestado médico, emitidos por médico particular ou da rede pública; e nem mesmo demitir trabalhadores com a doença.
Em 23 de novembro, em audiência judicial, o Ministério Público do Trabalho (MPT) reconheceu a competência do Sindicato para solicitar a execução do determinado na sentença, coletiva e individualmente, em caso de descumprimento. Portanto, para valer a decisão, o bancário deve procurar o Sindicato por meio dos dirigentes, pelo 3188-5200, via WhatsApp (11) 97593-7749 ou no canal de denúncias Assuma o Controle.
Outra vitória se deu com a eleição da Chapa 1, apoiada pelo Sindicato, na eleição dos representantes dos participantes da Fundação Itaú-Unibanco. Além disso, o acordo de dois anos, fruto da Campanha Nacional 2016, garantiu, entre outros direitos, o pagamento da PLR e do PCR em setembro.
Bradesco
Em meio a uma conjuntura desfavorável aos trabalhadores resultante do governo Temer, o movimento sindical bancário conseguiu garantir e ampliar direitos dos funcionários do Bradesco, ratificando acordos coletivos aditivos à CCT, que tratam de cláusulas específicas para o Telebanco, Bradesco Financiamentos, Cipa Treinet e Ponto Eletrônico.
Para Telebanco e Bradesco Financiamentos ficou definido, entre outras questões, valor adicional no salário para cada dia de trabalho que coincidir com sábado, domingo e feriado; intervalo de 30 minutos para almoço e mais duas pausas de 10 minutos, sem acréscimo no final da jornada.
Em outubro, a atuação do movimento sindical conquistou a possibilidade de que os bancários possam transferir valores do vale-alimentação (VA) para o vale-refeição (VR) e vice-versa, que também é válida para a 13º cesta alimentação.
O Plano de Demissão Voluntária Especial do Bradesco foi concluído em 31 de agosto. O Sindicato acompanhou todo o processo e trabalhou no sentido de ajudar a sanar dúvidas e proporcionar o máximo de informações para que cada bancário pudesse tomar uma decisão consciente sobre a adesão ou não ao PDVE. Foram feitas plenárias, além de materiais informativos e plantão de dúvidas.
O Sindicato está acompanhando a rotina nos locais de trabalho e segue cobrando do banco mais contratações.
Santander
O ano terminou com uma das maiores paralisações já realizadas no país contra um banco. As atividades de centenas de agências e diversos centros administrativos do Santander foram interrompidas no dia 20 de dezembro contra a aplicação, pela empresa, de pontos de reforma trabalhista de Temer que prejudicam os trabalhadores: demissão em massa, imposição de acordo individual para banco de horas e fracionamento das férias, em uma correlação desigual de forças entre empregador e empregado. Além disso, mudou sem qualquer negociação a data do crédito do salário e do décimo terceiro. Também motivou o protesto, o aumento abusivo nos valores das mensalidades e da coparticipação do plano de saúde. O movimento sindical reivindica a revogação dessas medidas e a abertura de negociação séria.
Falando em reforma trabalhista, apenas um dia antes da entrada em vigor da nova lei, que acaba com a validade dos acordos coletivos até sua renovação (ultratividade) –, o movimento sindical assinou a renovação do acordo coletivo aditivo para o call center do banco espanhol com validade de dois anos.
O ano também foi marcado pelos protestos contra as demissões de bancários adoecidos após realização do exame de retorno ao trabalho. O descaso foi retratado em ato lúdico, no dia 31 de outubro, na sede do Santander. Veja reportagem em vídeo.