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Pandemia

Sem negociação, financeiras e bancos jogam conta da crise para o funcionário

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Algumas financeiras e bancos estão se aproveitando da pandemia de coronavírus para aplicar medidas provisórias, editadas pelo governo Bolsonaro, que prejudicam trabalhadores. Funcionários devem denunciar ao Sindicato qualquer proposta de acordo individual apresentada pelo patrão
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Arte: Contraf-CUT

Algumas financeiras e bancos estão se aproveitando da pandemia de coronavírus para aplicar medidas provisórias (MP 927 e 936), sem negociação com o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, para assim impor o máximo de prejuízo aos seus funcionários. A MP 927 e a MP 936, preveem, dentre outras condições, redução de jornada com redução de salários e acordos individuais que dispensam a participação dos sindicatos.

> Sindicato reforça importância da negociação diante da crise

O Sindicato enviou oficio a todas a instituições financeiras afirmando sua contrariedade às MP´s, principalmente em relação à permissão para negociação individual, reforçando a importância de fazer a negociação com acompanhamento da entidade sindical. Algumas instituições atenderam a convocação do Sindicato e foi possível negociar acordos melhores do que o proposto pelas MP´s. Entretanto, outras empresas aplicaram, de forma unilateral, sem qualquer negociação, as medidas provisórias.

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Entre as financeiras e bancos que aplicaram a MP 927 e a MP 936, na íntegra, sem qualquer concessão às reivindicações do Sindicato para minimizar as perdas aos trabalhadores, estão Banco Pine, Travelex, Pernambucanas Financiadora S.A - Crédito, Financiamento e Investimento, Moneycorp, BANIF, JBCred, Banco Renner e Crefisa. 

Apesar de iniciarem um diálogo com o Sindicato, não houve qualquer intenção em acatar as reivindicações. Buscaram apenas a anuência da entidade sobre as medidas impostas ao trabalhador de forma unilateral. Na maioria dos casos, foram "acordos" de redução de jornada e salários. Em outros, ocorreram demissões de funcionários, mesmo em plena pandemia, como é o caso da Crefisa, C6 e Banco Pine. 

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O Sindicato condena veementemente demissões no atual cenário de pandemia, uma vez que é imensamente maior a capacidade do grande empresário e de uma instituição financeira de enfrentar a crise do que a de um trabalhador comum. A avaliação da entidade é que a redução de salário e a demissão não podem ser as únicas alternativas para o setor financeiro. É necessário cobrar do governo medidas que mantenham os trabalhadores empregados, pois são eles a parte mais frágil na relação com o empregador. 

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“A preocupação do Sindicato, diante dessas medidas que lesam o trabalhador justamente no momento em que ele mais precisa de proteção, é negociar acordos de forma coletiva para minimizar os impactos das medidas e garantir a manutenção dos empregos. Desde que as MPs foram editadas, o Sindicato reforçou a importância do processo negocial e se colocou à disposição para as tratativas com as empresas. Muitas nos procuraram e foram firmados acordos coletivos, que garantiram melhores condições para os trabalhadores do que se estas empresas tivessem aplicado integralmente, de forma unilateral, as medidas provisórias”, destaca a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro. 

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“No que diz respeito a MP 936, o Sindicato busca nos acordos reduzir os prazos das medidas, estender a garantia de emprego a todos e por um período maior, garantir ajuda compensatória para equilibrar a remuneração líquida do empregado, além de suspensão das metas, entre outras garantias. Já em relação a MP 927, o objetivo é reduzir o prazo da compensação de horas; de períodos de férias e que o 1/3 seja pago antes de 20 de dezembro; que as despesas de home office sejam de responsabilidade da empresa”, acrescenta. 

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O Sindicato obteve sucesso em minimizar impactos negativos das MPs em acordos coletivos firmados com as empresas do Grupo BV, Financeira SAX (das Lojas Marisa), Itaú, Midway, Banco Honda , entre outras. 

“Este momento difícil tem provado a força da negociação coletiva. Através dela, temos conseguido minimizar os impactos negativos destas medidas do governo Bolsonaro, que jogam a conta da crise no colo do trabalhador. Os acordos coletivos negociados pelo Sindicato proporcionam condições muito melhores aos trabalhadores. Entretanto, para que possamos atuar junto às empresas buscando a negociação coletiva, o trabalhador deve entrar em contato com o Sindicato assim que o empregador lhe apresentar uma proposta de acordo. O sigilo é garantido”, orienta a diretora do Sindicato. 

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