São Paulo – Em dia de esquenta para a greve geral que tem data indicativa para 30 de junho, as centrais sindicais voltaram às ruas em um dia nacional de mobilização. O Sindicato compareceu aos locais de trabalho para debater a participação da categoria na paralisação nacional no fim do mês. Foram realizadas votações nas unidades bancárias, que voltarão a ocorrer durante todo o dia 21.
Houve mobilização na Cidade de Deus e no Núcleo Alphaville, concentrações do Bradesco, Bradesco Itapeva; na Caixa da Avenida Paulista, Bela Cintra e Largo da Concórdia; CAT, CTO e Wtorre do Itaú; CSA Ipiranga, Praça Floriano Peixoto do Banco do Brasil; Torre Santander; além de outros locais no corredor da Voluntários da Pátria e nos centro velho e novo da capital.
Logo cedo ocorreu panfletagem em algumas estações do metrô. Também foram marcadas concentração na Praça do Patriarca, na região central de São Paulo, seguida de caminhada. Na Praça da Sé, também no centro, haveria no final da tarde ato político e um "arraial" contra as reformas, com shows musicais e outras apresentações.
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A data do dia 30 da greve geral ainda pode ser alterada em função das votações da “reforma” trabalhista no Congresso Nacional. Nesta terça-feira, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou o relatório do PLC 38, que, agora, segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), último passo antes do plenário da Casa.
Reaja! - A secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva, lembra que além da greve geral e mobilizações, é preciso manter a pressão sobre os parlamentares também pelo mundo digital, enviando e-mails para alertá-los de que, se votarem a favor das reformas, não serão reeleitos. A reforma da Previdência ainda está na Câmara, então mande e-mails para os deputados. A trabalhista já foi aprovada pelos deputados e agora no Senado, então, mande e-mail para os senadores.
No país – Atividades contra as "reformas" trabalhista e da Previdência e contra a lei de terceirização irrestrita estão sendo programadas para todo o país, começando logo cedo com manifestações em aeroportos para pressionar parlamentares.
Em Florianópolis, havia ato marcado para a Catedral Metropolitana. Em Salvador, a programação incluiu caminhadas pelas ruas do centro. Estão previstas manifestações ainda em São Luís (Praça João Lisboa) e Cuiabá (panfletagem pelo centro). Porto Alegre teria mutirão às 5h no Aeroporto Internacional Salgado Filho e ato político no Largo Glênio Peres, centro da capital.
Todos os atos integram o que as centrais chamam de Junho de Lutas, mês de mobilização contra ameaça de perda de direitos, na sequência de manifestações realizadas em março (8, 15 e 31), abril (greve geral do dia 28) e maio (marcha a Brasília no dia 24).
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“Um governo sem legitimidade e o Congresso envolvido em escândalos não têm nenhuma condição de dialogar com a classe trabalhadora, porque sabem que essa pauta de derrubada de direitos mínimos jamais seria aprovada pelo povo em eleições diretas”, critica o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
Próximos passos – Na quarta 21 à tarde, dirigentes das centrais sindicais vão se reunir em São Paulo para avaliar o movimento e preparar os próximos passos. No setor de transportes, por exemplo, os metroviários da capital paulista farão assembleia na quinta-feira 22 para discutir o assunto. Várias categorias estão reunidas, nesta segunda-feira 19, em plenária na sede do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, na região central.
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