Esta quinta-feira 29 foi marcada pelo Dia Nacional de Luta Na Defesa do Emprego e Contra as Demissões no Bradesco. no qual sindicatos de todo o país, ao lado dos bancários, realizaram protestos. Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, as atividades foram concentradas em Osasco.
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Cerca de 700 bancários do Bradesco foram demitidos em São Paulo nas últimas semanas, em um processo que desrespeita o compromisso feito pelo próprio banco de não realizar cortes durante a pandemia.
“Estamos nas ruas, nos locais de trabalho, nas redes, mais uma vez denunciando e protestando contra esse processo de demissão em massa, em plena pandemia, que desrespeita compromisso público assumido pelo Bradesco. Não existe justificativa para que um banco como o Bradesco – considerada a empresa de capital aberto mais lucrativa da América Latina no primeiro semestre – demita pais e mães de família desta forma”, enfatiza a dirigente do Sindicato e bancária do Bradesco Karen Souza.
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“O diálogo com a população, com os clientes, tem sido muito proveitoso, uma vez que temos recebido muito apoio nos nossos protestos. A sociedade como um todo também paga a conta pela irresponsabilidade social do Bradesco. Ao demitir, mesmo com lucro extraordinário, o Bradesco infla a já altíssima taxa de desemprego no país, aumenta os gastos da seguridade social, e retarda ainda mais a já difícil retomada econômica do país”, acrescenta.
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Sem perspectiva
Uma bancária demitida pelo Bradesco, que estava há oito anos no banco, comentou sobre a falta de perspectiva de voltar a trabalhar por conta da pandemia.
“Muitas pessoas estão sendo desligadas. Muitos amigos foram desligados. Pessoas com filhos, que estavam com apenas uma renda em casa, que o marido perdeu o emprego na pandemia. Fiquei oito anos na empresa, me dediquei, fiz o meu melhor. Estou muito chateada com o Bradesco. Passamos por muitos cursos [no Bradesco], onde eles falam de reciprocidade, de empatia, que é o que eles menos estão tendo neste momento A pandemia está aí, continua, a vacina ainda não chegou, e estamos sendo demitidos sem perspectiva de voltar a trabalhar este ano e nem no ano que vem, que nós sabemos que será um ano difícil”, disse a colega.
A Karen, que foi desligada, deu o relato sobre o impacto das demissões do @Bradesco. Basta! pic.twitter.com/u7du6Q5VHF
— Bancários de São Paulo, Osasco e Região (@spbancarios) October 29, 2020
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Bancários não vão recuar
O Sindicato, assim como as demais entidades representativas da categoria, vai intensificar as atividades de protesto até que o Bradesco interrompa as demissões.