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Chapéu
Mobilização

Votação tem ampla maioria a favor da greve

Linha fina
Apenas nas primeiras horas de coleta, milhares bancários participaram com 81% decidindo pela participação na paralisação em defesa de direitos marcada para 28 de abril 
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Foto: Juca Varella

São Paulo – Mais uma vez a categoria bancária foi chamada à luta e respondeu. Nas primeiras horas de coleta de votos para decidir sobre a participação na greve geral de 28 de abril, milhares de trabalhadores deixaram sua opinião nas urnas disponibilizadas pelo Sindicato em 24 locais de trabalho. E a grande maioria optou por cruzar os braços.
 
Foram precisamente 81% dos votos querendo que toda a categoria se una aos demais trabalhadores brasileiros na luta contra o ataque a direitos promovido pelo governo Temer. Outros 16% preferem ficar de fora. Houve também 3% de brancos e 1% de nulos.

> Fotos: CA Pinheiros, Itaú BBA, Cidade de Deus, Vila Santander, Ceic e CAT, Caixa e BB

Dia Nacional de Mobilização – Além da consulta, os bancários participam na sexta 31 de mobilização na Avenida Paulista e na Praça da República em Dia Nacional de Mobilização convocado pelas centrais sindicais e por movimentos sociais. O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma que a intenção é que o governo retire as propostas da pauta definitivamente.
 
"Os atos são para que o governo retire da pauta essas reformas que retiram os direitos dos trabalhadores. Esse governo não tem moral para fazer esse tipo de reforma. Não foi eleito, a sociedade é contra essas reformas e precisamos restabelecer a democracia no Brasil, com um governo que tenha condição de dialogar com a sociedade", afirmou, em entrevista à TVT.

Ele avalia que o Brasil está unido contra as propostas do governo federal e afirma que o movimento só tende a crescer. "As centrais sindicais, os movimentos sociais, até a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) se colocam contra a reforma trabalhista, porque isso não interessa ao povo e à economia brasileira. Nós vamos ganhando um caldo de cultura contra a retirada de direitos, contra a precarização, e eu não tenho dúvida que esse momento vai crescer, porque está chegando no cidadão comum."
 
Greve geral – As centrais sindicais definiram o dia 28 de abril para um novo movimento nacional de protestos e paralisações contra as reformas do governo Temer, incluindo Previdência, legislação trabalhista e terceirização. 

"Vamos parar o Brasil" é o tema da mobilização que ocorrerá às vésperas do 1º de Maio e pretende influenciar nas propostas em discussão no Congresso, algumas com votação prevista para abril.

Na Câmara, as comissões especiais que analisam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de reforma da Previdência, e o PL 6.787, da reforma trabalhista, continuam se reunindo. O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), estimou que o 6.787 deve ser votado em 30 ou 40 dias. As centrais tentam barrar as propostas do governo.

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